História do mundo em seis copos, livro escrito pelo editor de tecnologia da revista The Economist, Tom Standage, foi lançado em 2005 e retrata a relação de seis bebidas com o período em que foram criadas – ou no qual ganharam mais espaço.
A primeira parte fala da descoberta da cerveja e de sua influência na Mesopotâmia e no Egito. Para os bebedores daquele período, a capacidade de alterar a consciência, e os segredos do processo de fermentação – que transformava mingau em cerveja –, tornavam a bebida um presente dos deuses. Difícil contestar.
O capítulo seguinte aborda a presença do vinho na Grécia e em Roma. Curioso ler que era disseminada pelos gregos a prática de misturar água ao vinho – sempre com maior quantidade de água. Segundo acreditavam, só mesmo Dionísio poderia beber vinho puro sem correr riscos.
Os destilados são o próximo tema do livro. O rum é apresentado como a primeira bebida globalizada: produzido em Barbados por escravos submissos aos ingleses, a partir de cana-de-açúcar e equipamentos do Brasil (levados originalmente para produzir açúcar), e cujo consumo se espalhou por todo o Caribe e depois por outras partes do mundo.
No capítulo dedicado ao café, o autor relata a importância dos cafés públicos como verdadeiras redes de comunicação na Europa do século XVII (sobretudo em Londres). Eram esses os locais procurados por quem desejava saber das novidades políticas, comerciais e culturais.
Ao começar a leitura sobre o chá, é possível entender o porquê da bebida ser, até hoje, associada aos ingleses. Uma curiosidade interessante é a informação que em 1917 o dono de um café público londrino decidiu abrir uma loja ao lado para vender chá, no intuito de atrair as mulheres – proibidas de entrar nos cafés. Seu nome era Thomas Twining, o mesmo que 11 anos antes havia criado a tradicional marca inglesa Twinings.
O último capítulo é dedicado à bebida que menos me atrai entre as retratadas: a Coca-Cola. Mas minha aversão ao refrigerante (compartilhada pela Débora) não foi desculpa para deixar de ler a parte final da publicação. Sobre a invenção do produto, o autor conta que a versão oficial diz que o farmacêutico John Pemberton era um cara curioso, que certo dia misturou alguns ingredientes, adicionou água com gás e, dessa forma, criou a famosa bebida.
Tom Standage esclarece, no entanto, que Pemberton era um produtor de remédios falsos, divulgados por meio de anúncios que prometiam a cura para os mais diversos males. E não foi por acaso que ele chegou até a fórmula da Coca-Cola, e sim após meses de estudo. O detalhamento dessa história, e também da disputa que se seguiu em relação aos direitos de comercialização da nova bebida, tornam o capítulo final o mais interessante do livro.
História do mundo em seis copos: (Jorge Zahar, 234 pgs., R$ 38) – http://www.zahar.com.br/
De cara nos surpreendemos com o sistema de abertura da garrafa: é só puxar a alça para cima que a tampa sai na mão. Outro detalhe é que além de maltes e lúpulos importados – e de uma exclusiva levedura de baixa fermentação –, a elaboração da bebida inclui a adição de mandioca (isso mesmo!). O resultado é uma cerveja muito leve e refrescante, que lembra bastante a
Na seqüência, pedimos a Colorado Appia (R$ 13), uma weiss (cerveja de trigo) com 5,5% de álcool.















Enquanto esperávamos, a Débora fotografou a rosa vermelha que decorava a mesa. Eu tentava me entender com as letras pequenas e confusas do cardápio.
Os novos amigos chegaram, nos apresentamos, conversamos um pouco e fomos tentar entender as opções de menu-degustação. Quando quatro pessoas ficam confusas, deve ser sinal que o cardápio não está claro.
Do Zabuski Frio (R$ 25), gostamos dos cogumelos marinados e dos pedacinhos de beterraba temperada. Bons, nada mais. As ovas de capelim e o salmão marinado eram dispensáveis. Tinha também um creme maturado, com gosto de... nada, não tinha gosto de nada. Vinha acompanhado de um pão específico, o garçom até ajeitou do lado.



