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25 de nov. de 2010

Culinária tradicional do Paraná

Nosso último dia em Curitiba foi curto. A melhor opção para aproveitar ao máximo o tempo era caminhar pelos arredores do hotel. Resolvemos passear novamente no centro histórico e, como não era dia da feira de artesanato, conseguimos observar a beleza das construções e perceber como tudo está bem conservado por lá.

Andávamos pela região do Largo da Ordem quando vimos um restaurante que chamou a nossa atenção por servir comida típica paranaense. Ainda era cedo, mas esperamos um pouco e fomos os primeiros clientes.
O Restaurante Estrela da Terra fica em um lindo casarão de 1919 tombado pelo Patrimônio Histórico.

Durante a semana o local funciona como self-service por quilo, servindo poucas opções de pratos triviais. Também é possível pedir algo tradicional à la carte, em porções para duas pessoas. O destaque fica para o bufê servido aos finais de semana e feriados. O preço é de R$ 29,90 por pessoa e dá direito a salada, pratos quentes e sobremesas.

Nos esbaldamos provando risoto de cordeiro com pinhão, creme de moranga com carne seca e catupiry, carne ao molho de cerveja com pinhão, frango ensopado, purê de mandioca, quirera (angu de milho) e, claro, um excelente barreado, cheio de condimentos e com a carne desmanchando.

Depois de tantas delícias, ainda encaramos as sobremesas: sagu ao vinho, pudim de leite condensado, doce de maracujá, de leite, de mamão e de banana.

Ainda bem que depois do almoço conseguimos queimar algumas calorias ingeridas fazendo uma boa caminhada. Fomos até o Bosque do Papa, onde está instalado o Memorial da Imigração Polonesa, uma espécie de museu aberto que retrata o modo de vida dos primeiros imigrantes vindos da Polônia para Curitiba.

As casas construídas com troncos de pinheiro são encantadoras. Uma delas abriga uma loja que vende artesanato e produtos típicos. O bosque foi inaugurado depois que o papa João Paulo II visitou a cidade.

Foi nesse belo cenário que nos despedimos da arborizada Curitiba. No rápido vôo de volta, tivemos tempo apenas para começar a programar nossa próxima viagem.

Sugestão de chef: durante o mês de junho o restaurante Estrela da Terra promove o festival do pinhão. Boa oportunidade para experimentar pratos feitos com esse ingrediente regional fresquinho. Em outras épocas é utilizado pinhão congelado.

Restaurante Estrela da Terra:
Av. Jaime Reis, 176 (Largo da Ordem) – São Francisco – Curitiba – PR – Tel.: (41) 3222-5007 Bosque do Papa: Rua Mateus Leme - Centro Cívico – Curitiba – PR – Tel: (41) 3313-7194. Visitas: Bosque - diariamente, das 6h às 20h. Memorial – terça a domingo, das 9h às 18h30.

27 de jun. de 2010

Charme ao subir a serra

Depois de três anos, voltamos para Serra Negra neste último feriado. O frio combina muito bem com essa cidadezinha que está cada vez mais cheia nos meses de outono e inverno.
Pegamos um pouco de congestionamento no final da serra e conseguimos prestar atenção em um restaurante bem bonito, localizado do outro da lado da pista, que, de longe, chamou a nossa atenção.

O La Terraza é especializado em pratos italianos. Massas, polentas e risotos dividem o cardápio com algumas opções de carnes e peixes. Tudo isso com uma carta de vinhos razoável.
A escolha do vinho rosè Duetto, da Casa Valduga (R$ 37), agradou no quesito custo X benefício.

Elaborado com uvas sangiovese e barbera, a bebida leve e de sabor suave combinou com todos os pratos.
Pela primeira vez o Fernando experimentou carne de pato. Sua escolha foi Pato com Polenta (R$ 39,80), cuja carne consistente e de sabor marcante veio coberta por um substancioso molho à base de vinho branco e ervas. Para acompanhar, polenta cremosa e radiccio.

Antes havia chegado à mesa uma ótima entrada que acompanha prato: Polenta Brustolada com queijo frescal.

As fatias assadas na grelha são deliciosas! Entendemos o porquê das polentas serem considerdas especialidade da casa por lá.
Eu fui de Raviole com Parma (R$ 39,80), massa fresca feita com espinafre, recheada de presunto parma e coberta com queijo mascarpone e muito manjericão.

Apesar de bastante espessa e de um certo excesso de manjericão, a massa estava equilibrada. Nossa impressão positiva em relação à comida se manteve quando provamos as sobresas, todas artesanais e caprichadas.
A Panna Cotta com calda de frutas vermelhas (R$ 9,90) estava bem feita. Mas como preferimos doces com mais acúcar, todos os elogios foram dirigidos ao Tiramisu (R$ 9,90).

Ficamos felizes por mais uma boa descoberta gastronômica em Serra Negra. Um ótimo começo para aquele nosso feriado prolongado.

Sugestão do chef: o restaurante funciona apenas de sexta a domingo e abre também aos feriados.

La Terraza: Rua Nelson Bruschini, 60 – Serra Negra – SP. Acesso pela Rodovia Engenheiro Constâncio Cintra (em média 5 km do centro da cidade). Tel.: (19) 3892-2945.

14 de mar. de 2010

SPRW – Fillipa

E mais uma vez nosso almoço com menu da SPRW foi impecável (R$ 27,50 + R$ 1). Reservamos o Fillipa e não nos arrependemos. O restaurante manteve a qualidade dos pratos do cardápio convencional e também o atendimento simpático e eficaz.

Nossas entradas chegaram rápido. O Goi Cuon, rolinho vietnamita de folha de arroz recheado com cenoura, broto de feijão, tofu, camarão, ervas frescas e noodles estava delicioso. Ficou ainda melhor com o chutney apimentado e o molho especial à base de cebola e amendoim.

A salada Ingaí leva palmito, queijo branco, nozes, goiaba, folhas verdes variadas e vinagrete de mel. Mesmo não sendo tão elaborada quanto o rolinho, rendeu elogios.

Para acompanhar os pratos, pedimos suco de acerola (R$ 5,90) e caipirinha Thai Mix (R$ 15,90), com lichia, manjericão tailandês e saquê, que achamos um pouco sem graça.

Gostamos de ver que ambas as opções de prato principal faziam parte do cardápio fixo. O San Remo, salmão teriaki servido com legumes ao pesto de salsinha e maçã grelhada, custa normalmente R$ 43. Destaque total para os legumes cozidos super saborosos, crocantes e bem temperados.

E, como esperávamos, uma das opções de prato principal do evento era à base de curry. Na nossa opinião, as melhores comidas no Fillipa são as que levem este condimento. O Pad Phed traz curry vermelho tailandês com frango, leite de coco fresco, macadâmia e amendoim, servido com arroz jasmin. Apimentado na medida, fez uma ótima combinação com as castanhas. Melhor prato desta edição da SPRW até agora.

Também caprichadas estavam as sobremesas. Apesar de muito gostoso, o Brownie com chantilly não superou o Sorvete de Coco com calda caramelizada de Gengibre, Coco fresco e pedaços de Laranja.


Sugestão do chef: o Fillipa pertence à chef Ina de Abreu, mesma proprietária do Mestiço, que em 2007 foi eleito o melhor restaurante no Prêmio Brincando de Chef.

Fillipa: Rua Joaquim Antunes, 260 – Jardim Paulistano – São Paulo – SP. Tel.: (11) 3083-3868

25 de jan. de 2010

Buenos Aires além do vinho

Claro que os vinhos entrariam no nosso cardápio em Buenos Aires, mas não precisaria ser no primeiro dia. Antes de sair para jantar, disse pra Débora que tinha só uma preferência em relação ao cardápio: cervejas artesanais de produção local. Então, nos dirigimos para as agradáveis ruas de Palermo, bairro em que ficamos hospedados, e fomos parar em uma das franquias da Cerveceria Antares, a mais famosa produtora de versões especiais da bebida na Argentina, nascida em 1998 na cidade de Mar del Plata.
O ambiente por lá é moderno (e escuro também) como toda aquela parte de Palermo. Há algumas mesas na calçada, música pop argentina no som ambiente e um bar bem imponente.

Por 20 pesos (em torno de R$ 10), é possível degustar os sete estilos produzidos o ano todo, além de uma edição limitada. Tudo em copos pequenos pra ninguém sair de lá tropeçando em uma das descoladas garçonetes.

Uma cesta com pães variados ajudou a limpar o paladar entre uma cerveja e outra.

Segui a orientação de iniciar pelas cervejas claras e logo provei a levíssima Kolsh, estilo criado na cidade alemã de Colônia. Na sequencia, Honey Beer, cujo mel adicionado dá um toque bem diferente e um pouco doce. Amargor mesmo só comecei a perceber com a Scotch. Mas estava curioso era pra provar a Doppelbock, a tal da edição limitada que passa por um processo de maturação de 30 dias acondicionada sob baixas temperaturas. Tudo para equilibrar os sabores. O resultado é uma cerveja bem encorpada, mas com um leve sabor adocicado. Bem diferente.
A essa hora já não sabia mais qual era minha preferida. E ainda faltava degustar três estilos. A Cream Stout, com aroma e sabor de chocolate arrancou elogios da Débora. Já a Porter e a Imperial Stout, ambas com gosto de malte torrado, só foram elogiadas por mim.
O que agradou a ambos, sem restrições, foram os pratos. A Cazuela de Lomo (32 pesos) impressionou com a bela apresentação. É algo como um picadinho de filet mignon cozido na cerveja Porter e coberto de batata em pedaços. Muito saboroso e com a medida certa de condimentos.

Minha escolha foi Pechuga Rellena (37 pesos), um peito de frango assado e recheado com mussarella, queijo gruyere e tomate seco, acompanhado de alface frisée, batatas rústicas e um molho delicioso. Sabor sensacional, e olha que tínhamos ido só pra beber cerveja.


Sugestão do Chef: a Antares mantém bares espalhados por diversas regiões da Argentina. Além de Buenos Aires e Mar del Plata, é possível provar as ótimas cervejas artesanais em lugares como Bariloche, Mendoza e Rosário.

Cerveceria Antares: Armenia, 1447 – Palermo – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54 11) 4833-9611

18 de jun. de 2009

Para ir sem pressa

O corredor de uma casa aparentemente residencial na Vila Madalena leva a um dos representantes da culinária do Marrocos em São Paulo, o restaurante Agadir.

No sábado em que estivemos lá para um almoço, tomamos o cuidado de chegar cedo. A decisão foi influenciada pelos relatos sobre a demora no serviço que ouvimos de diversas pessoas. Mas vale ressaltar que, ao chegarmos, o garçom informou espontaneamente que tudo é preparado na hora e, por essa razão (segundo ele), os pratos costumam demorar. Gostamos da atitude, pois se estivéssemos com pressa, voltaríamos outro dia sem grande estresse.
Como não era o caso, tratamos de pedir as bebidas. Para a Débora, suco de laranja com pepino e um toque de água de flores de laranjeira (R$ 4). Combinação das mais refrescantes e pouco comum.

Eu dividi com os amigos que nos acompanharam um bule de chá verde com hortelã. Custa R$ 5, rende uns três copos e é excelente.

Nossa escolha para a entrada foi uma opção chamada Sabores do Marrocos (R$ 18), um combinado com quatro pastas à base de berinjela, lentilha, espinafre e tomate com pimentão. Elas misturam ingredientes como gengibre, páprica doce e coentro, tudo muito aromático e saboroso.

Pena que uma delas, a Zaalouk (de berinjela), só chegou à mesa no final do nosso almoço. Um erro que nem mesmo as advertências do garçom sobre o serviço justificam, principalmente porque o restaurante estava quase vazio.

Para o prato principal, a especialidade da casa: couscous marroquino. E eles nem demoraram tanto para chegar. A Débora gostou do M Zabi (R$ 30), que trazia frango com molho de lentilhas.

Eu pedi o Royal, que além de conter legumes, é servido com uma carne que pode ser cordeiro ou vitela (R$ 32). Escolhi cordeiro e achei que combinou bem. Para acompanhar, um molhinho que pelo jeito cumpre a função de realçar o sabor.

Saímos com a impressão de que o Agadir é um restaurante bem interessante, mas absolutamente contra-indicado nos dias em que a paciência estiver escassa.

Sugestão do chef: No jantar, às sextas e sábados, acontecem apresentações de dança do ventre.

Agadir: Rua Fradique Coutinho, 950 – Vila Madalena – São Paulo – SP – Telefone: (11) 3097-0147

19 de out. de 2008

Quatro culinárias em um só lugar

O restaurante Obá freqüentou por muito tempo nossa imensa lista de locais para conhecer, até que finalmente na noite do sábado de uma semana especial, corremos para lá.
Num ambiente lindo e aconchegante, o restaurante apresenta uma boa mistura de culinária brasileira, mexicana, italiana e tailandesa.

Começamos pelo México com as Chimichangas: burritos dourados e recheados de pernil ao chili, com salsa de abacaxi (R$ 17). Ótimo no sabor, porém imaginamos que a porção seria um pouco mais generosa.

A cozinha brasileira inspirou a escolha da Débora para o prato principal. Ela pediu Peixe Caju (R$ 47), um bom filet de peixe em crosta de castanha de caju servido com purê de cará e molho de frutas. Simplesmente delicioso.

Eu, que ando mais viciado em curry do que o normal, fiquei logo de olho nos pratos de inspiração tailandesa. Fui de Gueng Garri Gai (R$ 34,50), um curry de frango com batata doce, arroz jasmim e relish de pepino. Estava bom, mas confesso que esperava um pouco mais.

Para a sobremesa, optamos pela degustação que dá direito a escolher quatro opções de doces, uma de cada país que inspira o cardápio do restaurante (R$ 29,50).

Em sentido horário, o Buñuelo, massa crocante mexicana com melado de rapadura, sorvete de creme e farofinha de milho estava só razoável. Um pouco melhor era a Torta do Luiz, feita com mousse de chocolate, um toque de cachaça, castanha-do-Pará e calda de maracujá. Surpreendente mesmo foi a excelente combinação do Fragole all’aceto (morangos com aceto balsâmico e creme de mascarpone). Em contrapartida, o Kao Niau, arroz doce tailandês ao leite de coco e manga, do qual tanto esperávamos, deixou a desejar.

Sugestão do chef: Entre as bebidas, uma opção bem criativa é a Caipirinha Abstêmia de frutas vermelhas (R$ 8,50). É um suco, porém com pedaços inteiros das frutas e servido em copo de caipirinha. Muito bom.

Obá: R. Melo Alves, 205 – Jardins – São Paulo – SP – Tel: (11) 3086-4774

1 de out. de 2008

Ainda é tempo de comer fondue

A primavera chegou mas o frio ainda não nos abandonou de vez. Clima apropriado para saborear as ótimas fondues do Hannover. Há 21 anos o restaurante abre suas portas apenas entre abril e outubro, e o cardápio é exclusivamente dedicado ao prato suíço em diferentes versões.

Em um ambiente aconchegante, com bastante madeira e luz de velas, a noite começa com um gigantesco couvert (R$ 6,90 por pessoa).

Azeitonas, tomate seco, filé de anchova, patês de presunto e de atum são algumas das iguarias servidas como entrada. Mas convém evitar exageros, porque você ainda terá uma difícil escolha pela frente: são seis tipos de fondue salgados, além de três versões doces (doce de leite, chocolate branco e ao leite).
Pra nós seria mesmo muito difícil ficar com uma só, por isso concentramos nossa escolha em uma das três versões de rodízio. Optamos pelo mais completo deles, o rodízio Hannover (R$ 68,80 por pessoa), com direito a filet mignon, frango, picanha, fondue de queijo e mais uma fondue doce – escolhemos chocolate ao leite.



As carnes vieram acompanhadas de alguns molhos à base de maionese. A fondue de queijo foi servida com pão, goiabada e batatinhas.
E a de chocolate chegou com boa variedade de frutas da estação e marshmellow.
Pelas fotos deu pra notar que, em vez do óleo, preferimos preparar as fondues de carne na pedra. Só que nem mesmo esse preparo mais “light” nos livrou de uma certa culpa por termos comido tanto.

Sugestão do chef: às quartas e aos domingos o rodízio é grátis para as mulheres, desde que cada uma delas esteja acompanhada de um homem pagante. Em alguns dias da semana também tem música ao vivo. Quando isso acontece é cobrado R$ 8,90 pelo couvert artístico.

Hannover:
Av. Cotovia, 445 – Moema – São Paulo – SP – Tel.: (11) 5561-5411
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