28 de fev. de 2008

O bar do polpettone

Como já dissemos em outros textos, Moema é um dos nossos bairros preferido aqui em Sampa e isso se deve, principalmente, à grande variedade de pontos gourmets instalados na região.
Nossa última visita por lá foi para conhecer o Benedetta, que funciona como bar e restaurante.

A parte aberta é a mais agradável, com decoração tropical e clima praiano. Perfeito para os dias mais quentes.

Pedimos o couvert que trazia manteiga, sardela, pasta de azeitona e alguns pães quentinhos, o melhor deles era coberto com queijo e tomate (R$ 6,90).


De influência italiana, o cardápio apresenta massas, carnes e alguns peixes em pratos individuais. Mas antes mesmo de sair de casa nós já sabíamos que o nosso pedido seria o carro-chefe da casa: o polpettone.
Escolhemos o Polpettone Romana (R$ 26). Nessa versão o bolo de carne é recheado com presunto parma e mozzarella e coberto com molho de tomate e parmesão. A foto mostra apenas metade da porção.

Estava muito bom, consistente e com bastante recheio. Só poderia ter um tiquinho a menos de sal.
Para finalizar nosso almoço, não resistimos à descrição do Power Brigadeiro (R$ 9,50), um pão de ló de chocolate recheado com brigadeiro de chocolate belga e coberto com granulado.

Sobremesa que atendeu às nossas expectativas: pão de ló umedecido no ponto certo e chocolate com maior concentração de cacau, ou seja, mais amargo.

Sugestão do chef: Quando fizemos o pedido nos informaram que o polpettone servia duas pessoas, mas achamos um pouco pequeno. Da próxima vez um acompanhamento não será recusado.

Benedetta Bar & Polpetteria: Al. Gaivota, 491 – Moema – São Paulo – SP – Tel.: (11) 5056-0973

24 de fev. de 2008

Um almoço em Buenos Aires

Nossa amiga Emília, a turista acidental, esteve recentemente em Buenos Aires e lembrou do blog em um de seus almoços portenhos. Abaixo está o relato caprichado que ela preparou para dividir com os leitores do Brincando de Chef. Valeu, Emília!

Quando decidimos ir para Buenos Aires, começamos a anotar as dicas dadas pelo pessoal que entende do negócio e, na nossa listinha de restaurantes que deveriam ser conferidos, estava uma indicação do Ricardo Freire: a Brasserie Pétanque, numa tranqüila esquina de San Telmo. O nome do restaurante vem de um jogo muito popular na Provence, parecido com a bocha.

Chegamos lá depois de bater perna a manhã inteira. Estávamos famintos e com vontade de descansar em um lugar agradável. E nisso fomos plenamente atendidos...
O ambiente é amplo, com móveis claros e muita luz entrando pelas janelas que circundam o salão principal. É bastante acolhedor, com um estilo antigo. Tudo muito simples e elegante.

Depois de pedir um bom vinho rosé para ajudar a refrescar do dia quente e provar um pouco do couvert (pães quentinhos e patês), fizemos os nossos pedidos: para mim, 'Emincés de magret a la naranja'...

...e o Marc foi de 'Lomo a la bearnaise con hojaldrado de papas'.

Difícil saber qual dos dois estava melhor...eu adoro pato e o magret estava bem macio, o que é difícil encontrar. Só poderia estar um pouquinho só mais tostado na parte externa. O acompanhamento, uma combinação de leve batata rösti e cogumelos fazia par perfeito com a carne e seu molho de laranjas.
O filé também estava super macio e suculento, como era de se esperar e a torta de batatas, muito leve e saborosa.
Para sobremesa pedi um dos meus favoritos, a clássica Tarte Tatin. Estava linda e o sabor não ficava atrás, mas...nos esquecemos de fotografar e acabamos com ela primeiro (risos).
Depois dela, só o cafezinho e a conta, que fechou em aproximadamente 150 pesos ou cerca de R$ 80,00...acredito que uma refeição do mesmo porte aqui em São Paulo sairia o dobro. Que pena ter que ir embora...
É muito fácil chegar na Brasserie: ela fica na esquina da Defensa, uma das principais ruas de San Telmo, com a México, no trecho que sobe da praça Dorrego para o centro da cidade.


Sugestão do chef: Foi mesmo um belo almoço. E que bom termos chegado cedo, pois o salão lotou facilmente. Lá é assim em qualquer lugar: ou se reserva ou chega cedo, bem diferente do que estamos acostumados aqui.

Brasserie Pétanque: Defensa, 596 (esq. México) – San Telmo – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54-11) 4342-7930

21 de fev. de 2008

Casarão Imperial

Há poucos anos a Vila Leopoldina era um bairro horizontal cercado por diversos galpões. O movimento maior ficava mesmo por conta dos caminhões descarregando hortifrútis no Ceasa. Atualmente a região sofreu uma metamorfose. Surgiram muitos prédios – alguns bem imponentes – a população se multiplicou e, na esteira dessa transformação, chegaram alguns estabelecimentos bem interessantes. Um deles é o Imperatriz Villa Bar, situado na agradável rua Passo da Pátria, bem ao lado da pizzaria Brascatta, da qual já falamos aqui.


O bar já teve o nome de Coisas do Brasil e fica num casarão decorado com artesanato e quadros inspirados em temas brazucas. No cardápio há também uma referência à escola de samba carioca Imperatriz Leopoldinense.

Nas tardes de sábado, um buffet de feijoada (R$ 34 por pessoa) divide espaço no quintal da casa com músicos que tocam chorinho. O local fica meio isolado do restante do bar, por isso não há incômodo algum àqueles que dispensam música ao vivo.

Além do chopp Stella Artois e Brahma nas versões pilsen e black (aquela cheia de espuma cremosa), há oferta de cervejas básicas e das uruguaias importadas pela Ambev. Pedi uma Norteña, mas tinha acabado. Optei, então, pela cerveja Patrícia (R$ 15), levinha demais pro meu gosto, mas pelo menos refrescou o forte calor.

A Débora preferiu uma caipirinha. Ótima pedida, pois o cardápio apresenta diversas combinações, todas preparadas na frente dos clientes.

Na versão que ela inventou, o saquê foi acompanhado de tangerina, maracujá e pimenta rosa (R$ 13,50). Além de linda, ficou bem saborosa – mais que a minha cerveja.

Na parte comestível, destaque total para os grelhados. A boa notícia é que há alternativas à tradicional picanha no réchaud (também presente no cardápio). Os espetos na travessa que o digam. São bem maiores (e mais caros) que os espetinhos tão comuns por aí, e chegam à mesa com um pãozinho adocicado parecido com uma broa, além de outros bons acompanhamentos. Pedimos logo três.

O melhor foi o de pintado com tomate cereja e palmito pupunha (R$ 14).

Esperávamos mais do mignon de cordeiro com damasco (R$ 16).

Mas a honra das carnes foi salva pelo ótimo lombinho com abacaxi na canela (R$ 11).

Cada espeto dá direito à escolha de um molho. Decidimos rápido pelo de hortelã, tradicional companhia para o cordeiro. A segunda escolha foi o chutney de maracujá e papaya, simplesmente delicioso com o pintado e com o lombinho. A última opção foi o pesto de rúcula. O sabor estava bom, mas ele ficou um pouco deslocado em meio às carnes.
Quando acabamos de comer, o forte calor tinha se transformado em uma tempestade de verão. Sem problemas, esperamos a água parar de cair comendo banana grelhada com leite condensado e sorvete artesanal de macadâmia (R$ 12). Uma delícia e, pelo jeito, fácil de fazer em casa.

Sugestão do chef: No banheiro do Imperatriz Villa Bar ficam à disposição fio dental e antisséptico bucal. Todos os bares deveriam fazer o mesmo, concorda?

Imperatriz Villa Bar: Rua Passo da Pátria, 1.673 – Vila Leopoldina – São Paulo – SP - Tel.: (11) 3644-4363

17 de fev. de 2008

Rodízio Tex-Mex

Sempre que andamos por Moema encontramos algum lugar novo que dá vontade de conhecer. Nossa mais recente descoberta por aquelas bandas foi o restaurante mexicano Los Chicanos, aberto há apenas dois meses no ponto que era do Bar Nacional.


O ambiente ganhou cores mais clean e um belíssimo painel que atrai os olhares de quem caminha pela calçada.

O cardápio engloba alguns pratos mexicanos mais tradicionais e diversas opções da cozinha tex-mex. Há ainda bons petiscos, mas como estávamos famintos – nós e nossos amigos – optamos pelo que de mais interessante a casa oferece: o rodízio (R$ 32).
Tudo começa com os totopos: tortilhas de milho crocantes cortadas em triângulos (nachos). Eles fazem o papel de “couvert” e chegam acompanhados de cinco molhinhos, entre eles guacamole, sour cream e uma ótima pasta de feijão.

Nada com pimenta em excesso, provavelmente para agradar ao paladar da maioria dos freqüentadores. Porém, antes de pedirmos, o garçom já veio com uma porção extra de pimenta (bem forte) para quem preferisse tornar a refeição ainda mais mexicana. Aliás, a iniciativa do garçom não foi exceção. Em poucos locais recém-inaugurados vimos um atendimento tão bem ajustado como no Los Chicanos.
O rodízio seguiu com Quesadilhas Tex-Mex com farto recheio de cubos de frango, champignon, cheddar e catupiry. Simplesmente deliciosas. Sem dúvida nenhuma a melhor iguaria da noite.

O banquete continuou com fatias de batata cobertas com cheddar e bacon (Las Papas Mexicanas).

A essa altura já comentávamos que tínhamos feito a escolha certa ao optar pelo rodízio. Impressão mantida quando chegaram à mesa as Frautas Mexicanas. Em outras palavras, tortilhas de cenoura com recheio de mussarela e carne desfiada. O sabor do recheio não era nada de mais, só que a massa de cenoura compensou.

A quarta etapa do desfile de comida mexicana foi dominada pelos Tacos Chicanos com recheio de frango, carne e uma opção light com peito de peru e queijo branco que agradou a ala feminina. A textura da massa lembra um pouco a de pastel e o recheio, novamente, é muito farto.


Ainda bem que a fome era grande, pois mal acabamos de experimentar os tacos e os tradicionais Burritos já estavam à nossa frente. Para o recheio pudemos escolher entre carne desfiada e frango com mussarela, já a massa é feita com trigo.

Pausa para bebericar uma Sol bem levinha (a versão mexicana, é claro).

Enquanto isso chegava o último prato do rodízio, que atendia pelo nome de Taquitos, ótimas tortilhas de milho recheadas com frango ou carne.

Depois delas, acreditem, ainda repetimos as quesadilhas de que tanto gostamos.


Só a Débora recusou, mas não sem uma boa justificativa: ela só conseguia pensar na sobremesa.
Sim, nós ainda comemos sobremesa. Duas, aliás! Papaya El Diablo (R$ 11) trazia fatias de mamão papaya caramelado, rodelas de abacaxi flambado na tequila, canela e calda de laranja, tudo na companhia de uma bola de sorvete de creme. Criativo e excelente.

Pra finalizar de vez, Quesadilha de Nutella com castanha de caju e sorvete.

E o pior é que depois de tanta comida, no dia seguinte lá estávamos nós em outra incursão gastronômica.

Sugestão do chef: Todos os clientes que visitam o restaurante pela primeira vez podem fazer um cartão fidelidade. Com ele, às segundas e terças o rodízio sai pela metade do preço (R$ 16).

Los Chicanos: Avenida Lavandisca, 457 – Moema – São Paulo – SP – Tel.: (11) 5051-6537

15 de fev. de 2008

Descontração e bons preços

Quando fomos ao Celeiro da Granja vimos no caminho um lugar bem simpático que chamou nossa atenção pelo nome divertido: Jeca Jones.
Recentemente estivemos por lá com nossos amigos e realmente o local é muito gostoso, arejado e descontraído. Escolhemos a parte do fundo, espaço que consideramos o mais agradável.

Reparamos que alguns utensílios de cozinha são usados como luminária. Bem criativo.


O público é variado, desde jovens até famílias inteiras – incluindo avós e os netinhos. É provável que a variedade do cardápio seja responsável por atrair gente de todas idades. Grelhados, porções, espetinhos, feijoada, sanduíches, saladas, milk-shakes, cremes de fruta, açaí na tigela, sorvetes e tortas doces. Quanta diversidade no menu!
Enquanto decidíamos o que comer, provamos espetinhos de coração de frango, carne e lingüiça apimentada (R$ 2,95 cada), todos grelhados no ponto certo. Parece que no happy hour eles são a grande atração.

Foi só aperitivo. Para nosso almoço escolhemos o Frango Atropelado (R$ 25,90), um frango assado que chega à mesa com uma considerável lista de acompanhamentos: vinagrete, farofa, batata frita, arroz, porção de pão e manteiga temperada.



O cardápio dizia que ele servia três pessoas, mas achamos tão grande que não seria necessário ter pedido a batata suíça com recheio de três queijos (R$ 15,95). Só não nos arrependemos porque estava bastante saborosa.

No final da refeição a opinião positiva sobre a comida foi unânime. Tudo caprichado e saboroso. Melhor que isso só mesmo os preços convidativos do Jeca.

Sugestão do chef: aproveite a ida ao Jeca Jones para visitar a adega climatizada que funciona no interior do restaurante. Vimos algumas boas promoções por lá!

Jeca Jones: Rodovia Raposo Tavares, 2.620, Km 12 – Jardim Bonfiglioli – São Paulo – SP. Tel.: (11) 3726-1995 / 3726-9836.

Adega Goa Bebidas & Cia.: Tel/Fax: (11) 3727-1264

9 de fev. de 2008

O bistrô que nos achou

A Bia Goll, leitora do blog, contou pra gente que comanda o Otto Bistrot ao lado da Ana Tabanez. E ela falou com tanta paixão do restaurante que resolvemos passar lá pra conhecer.
Fica numa ruazinha de um só quarteirão entre a Consolação e a Bela Cintra, provavelmente passaríamos batido se o endereço não estivesse em nossas mãos.


O sobrado é muito simpático e o ambiente interno, bem aconchegante. Do lado direito de quem entra, um salão com sofás é a parte mais agradável do restaurante.

No outro canto, uma área reservada aos fumantes que inclui um enorme espelho.


Seja qual for o ambiente escolhido, um bom vinho combinará, com certeza.
Nós escolhemos o Cava Negra Malbec, de bom custo x benefício (1/2 garrafa por R$ 19).

Também nos agradou o cuscuz paulista (era cortesia no dia, em comemoração ao aniversário da cidade de São Paulo). Bem temperado e com a massa no ponto certo, quase não acreditamos quando a Bia, que comanda a cozinha, contou que era só a terceira vez que ela fazia essa receita.


Como prato principal, o bistrô costuma oferecer três opções fixas e duas que variam a cada noite. O cardápio do dia fica anotado em lousas na entrada e no salão principal. Começamos com o risoto de tomate fresco com queijo gruyère, molho pesto e noz pecã (R$ 24), criação da Bia.


Elogiamos tanto que recebemos até algumas dicas de preparo para tentar reproduzir em casa. Será que conseguimos?
A pimenta decorativa do outro prato era um sinal de alerta: o frango ao curry com chutney de manga e bolinhos de arroz (R$ 21) é para quem gosta de sabores bem picantes.


Eu adorei, e mesmo a Débora, que não tem a mesma tolerância a temperos mais ardidos, reconheceu que estava muito bem feito.
O desfecho da noite começou com figos cobertos com chocolate (R$ 6). E nada de figo em calda de latinha, as frutas são cozidas lá mesmo no bistrô.


A Surpresa do Otto (R$ 6) foi a outra sobremesa pedida, e, sem dúvida, a melhor delas. Trata-se de um creme ganache com castanha de caju picada, geléia e cerejas ao marasquino. Depois dele, ponto final. Nem agüentamos o café.


Para quem ficou curioso sobre a origem do nome do bistrô, o Otto foi um dos gatos que a Ana já teve – atualmente ela tem cinco! Logo na fachada há uma referência a ele.


Além da boa cozinha, os gatos também são queridos pelas sócias do restaurante. Quem gostou disso foi a Débora, que correu pra contar a história do Otto pro Carlitos.

Sugestão do chef: O ponto alto do Otto Bistrot é o sabor de comida fresca percebido desde a entrada até a sobremesa. É que tudo é feito lá mesmo, o caldo e o molho pesto do risoto são exemplos disso.

Otto Bistrot:
Rua Pedro Taques, 129 – Consolação – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3231-5330

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