27 de abr. de 2008

Museu do Café

Nossa primeira parada na cidade de Santos foi para visitar o Museu do Café, no palácio da antiga Bolsa Oficial de Café. Localizado no Centro Histórico da cidade, o prédio foi finalizado em 1922 e até 1957 centralizou as operações do mercado cafeeiro no Brasil.

Depois de pagarmos os R$ 5 da entrada, começamos a visita pelo salão do pregão, justamente o local em que os preços eram negociados e os contratos firmados para que as sacas de café pudessem ser exportadas.

Tudo isso acontecia sob um belíssimo vitral de Benedito Calixto, que retrata três momentos da história do Brasil: Período Colonial, Império e República. Impossível não esticar o pescoço por alguns minutos para apreciar a riqueza de detalhes.

Nesse mesmo ambiente a história de Santos é contada em três belos quadros de Calixto.

Em uma outra parte do museu estão expostos diversos itens utilizados na lavoura do café.

No mesmo ambiente é possível dar uma olhada nas embalagens de dezenas de marcas de café gourmet, algumas produzidas apenas para exportação.

No andar superior, maquetes mostram as principais regiões do início da produção de café no Brasil e até as ferrovias por onde as sacas eram transportadas.

Lá você saberá, por exemplo, que a primeira tentativa de plantar café no Brasil se deu no estado do Pará, em 1727, a partir de mudas “trazidas” da Guiana Francesa – o novo cultivo não vingou, o que só ocorreria no século XIX.
O último ambiente destaca o Porto de Santos e é um dos mais interessantes do museu.

De cara, impressiona a escultura de um trabalhador que conseguia a proeza de carregar cinco sacas de café (300 kg) de uma só vez – o fato é verídico e o nome dele era Jacinto.

Ao lado, só para atiçar ainda mais nossa vontade de tomar um café, há a reprodução de uma mesa de degustação da bebida.

De lá, descemos direto para a Cafeteria do Museu, ao lado da entrada do prédio.

Mas o espresso (R$ 2,30) ficou abaixo do esperado: um pouco aguado, provavelmente não havia sido tirado por um barista.

Pedimos também uma torta de café (R$ 3,50).

Estava boa, mas com sabor de café pouco acentuado e que praticamente sumiu depois que chegamos no recheio – bem parecido com brigadeiro. Mas é claro que valeu pela visita!

Sugestão do chef: todos os meses o museu promove cursos de barista, ao preço de R$ 300. O próximo será entre os dias 14 e 16 de maio.

Museu do Café: Rua XV de Novembro, 95 – Centro – Santos – SP – Tel.: (13) 3219-5585
Horário de funcionamento: segunda a sábado das 9:00 às 17:00. Domingo das 10:00 às 17:00. Preço: R$ 5

20 de abr. de 2008

Santos além da praia

Semanas atrás estivemos na cidade de Santos e dela trouxemos para os leitores do blog algumas dicas que integram passeio e gastronomia.
Os próximos posts do Brincando de Chef abordarão, principalmente, opções interessantes no Centro Histórico dessa cidade portuária.
O vídeo abaixo retrata um pouco do que preparamos. Aguardem!


14 de abr. de 2008

Contribuição do casal viajante

Nossos amigos Tony e Cecília estiveram recentemente em Florianópolis e voltaram com a bagagem cheia de belíssimas fotos e roteiros caprichados para os leitores do De viaje a Brasil. A parte boa é que com isso os leitores do Brincando de Chef também sairão ganhando. O Tony gentilmente disponibilizou para nós o post que escreveu sobre o tradicional Bar do Arante, localizado na praia de Pântano do Sul. Obrigado, amigos!

A história do estabelecimento pode ser encontrada no cardápio do local e em todos guias turísticos de Florianópolis. Seu Arante e sua mulher abriram em 1958 um armazém para os pescadores do povoado. Na década de 60 o armazém mudou para o endereço atual, na beira da praia.
Como chegavam muitos viajantes nessa região, dona Osmarina Maria Monteiro, mulher do seu Arante, começou a preparar e a vender peixe frito. E então o armazém se transformou em restaurante.

Na década de 70, a praia de Pântano do Sul virou moda entre os mochileiros de São Paulo e do Rio Grande do Sul. Para avisar aos seus amigos que estavam acampados pela região, eles deixavam bilhetes no bar do seu Arante. Estes bilhetes estão espalhados por cada milímetro das paredes do bar (que não é pequeno), o que tornou o Bar do Arante famoso em todo o Brasil. Ao todo já foram deixados mais de 70.000 bilhetes e até um livro foi escrito sobre o assunto.

Ao entrar no bar, é difícil não ficar maravilhado com tantos recados. Encontrar um espaço para deixar um novo bilhete é uma verdadeira proeza. Para quem quiser tentar, basta pedir papel e caneta aos garçons.

Mesmo quem vai ao bar apenas para tomar uma cerveja, certamente passa momentos bem divertidos lendo as anotações enquanto admira a linda vista da baía de Pântano do Sul.
Desde seu início, o bar sempre serviu uma dose de cachaça como cortesia, e foi com ela que iniciamos bem dispostos a nossa refeição. O espírito bem-humorado do lugar também aparece na frase destacada no menu: "nós cobramos a comida e você paga a bebida!".
Como tínhamos acabado de chegar a Florianópolis, quisemos experimentar nossa primeira seqüência de camarão, mas existem muitas outras opções no cardápio do restaurante, como ostras e porções de frutos do mar. Tem também um almoço completo para duas pessoas que inclui, entre outros, linguado, anchova, bacalhau e garoupa e sai por R$ 38. Os refrigerantes custam R$ 2 e as cervejas, em torno de R$ 3. A seqüência de camarão do bar do Arante é mais cara do que as servidas na região da Lagoa da Conceicão, mas também é muito mais completa. A comida é tão abundante que chega a ser um exagero. É impossível comer tudo o que vai aparecendo na mesa.
Para começar, camarões preparados de três formas (no vapor, à milanesa e alho e óleo), casquinha de siri e iscas de peixe.

Depois, duas lindas ostras gratinadas.

Um super prato interminável de mexilhões.

E quando já não cabia mais nada no estômago chegou o prato principal, formado por dois grandes filés de peixe cobertos com molho de camarão e acompanhados de pirão, arroz, batata frita e salada.

A seqüência custa R$ 72 para duas pessoas. Não voltaremos a repeti-la. É uma quantidade exagerada de comida e desperdiçar alimentos é algo que nos desagrada profundamente. Mas existem versões para três pessoas (R$ 86) e para quatro pessoas (R$ 96), que acredito vir com uma distribuição mais racional da comida.
De tudo que passou pela mesa, a nota mais alta vai para o peixe: delicioso. Os camarões desapontaram um pouco.
Independentemente do que se vai comer ou beber, seu Arante é uma figura. Não se surpreenda ao vê-lo passeando pelo lugar desfrutando de sua condição de celebridade, simpático com todo mundo e especialmente afetuoso com as mulheres que chegam para tirar fotos com ele.

Bar do Arante: Praia do Pântano do Sul – Pântano do Sul – Florianópolis - SC – Tel.: (48) 3237-7022

6 de abr. de 2008

Tão bom quanto antes

Lembro que na minha adolescência havia unidades do Dunkin Donuts espalhadas por todos os lados: ruas comerciais, shoppings, cinemas, até em algumas estações de metrô. E como eu adorava aquilo! Na maioria das vezes pedia um donut de doce de leite. Sempre olhava no balcão aquele que parecia o mais cheio de açúcar e apontava para a atendente. Isso quando não resolvia comprar uma caixa de mini-donuts de vários sabores. Bons tempos.
Há alguns anos a marca deixou o Brasil, mas ainda é possível relembrar esses agradáveis sabores. É que no lugar do “antigo” Dunkin surgiu o Café Donuts, com a mesma qualidade e algumas lojas bem mais bacanas.

Uma delas é a unidade 24 horas lá de Moema, bairro raramente citado neste blog. A loja atrai muita gente que sofre de insônia ou precisa passar a noite trabalhando à frente do laptop. E mesmo aqueles que, como a Débora e eu, não padecem de falta de sono, vão gostar de provar algumas das saborosas opções do lugar.

A começar pelo bom espresso de marca própria (R$ 2), que recebe a companhia de um mini-donut do sabor preferido, além do copinho de água com gás.

É só um aperitivo, pois é claro que ninguém sairá de lá sem provar um donut no tamanho grande. São oito sabores vendidos por R$ 3,70 cada: framboesa, banana, creme bavarian, goiaba, maçã, morango, doce de leite e chocolate.
Há também três excelentes donuts com cobertura. O mais interessante é o Andino Leite, coberto com uma camada consistente de açúcar e recheado de doce de leite (R$ 4,10).

Hambúrgueres, salgados, bebidas quentes, milk shakes e taças de sorvete completam o bom cardápio.

Sugestão do chef: a loja 24 horas é uma das unidades que a rede define como “Cafés Bistrô”. São lojas de rua, mais espaçosas e com cardápio completo. A empresa mantém ainda pequenas cafeterias com sortimento reduzido em hipermercados e shoppings.

Café Donuts (24 horas): Alameda dos Arapanés, 539 – Moema – São Paulo – SP – Tel.: (11) 5054-0524

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