30 de mai. de 2010

A cozinha nordestina do Mocotó

A foto abaixo não mostra, evidentemente, os Jardins, Moema, Pinheiros ou a Vila Olímpia. No entanto, foi tirada da área interna de um dos restaurantes mais procurados de São Paulo.

O Mocotó foi fundado na década de 70. Era só um bar e atraía gente da região de olho, sobretudo, num caldinho de mocotó cuja fama se alastrava. Resumia-se a um balcão e mais uns 50 m2 costumeiramente tomados por clientes conhecidos do fundador, o “Seu Zé Almeida”.
Há alguns anos passou a ser comandado pelo filho do “Seu Zé”, que havia decidido estudar gastronomia. Hoje chef dos mais famosos, Rodrigo Oliveira reformulou as instalações e aprimorou o cardápio, sem perder o foco na culinária nordestina. Hoje, atrai gente dos mais diversos locais da cidade (e até de fora). Um público que não se importa em pegar o carro e dirigir até o bairro da Vila Medeiros, num canto da zona norte, algo que ganha ares de aventura aos paulistanos acostumados a circular por uma lista restrita de bairros.
E costuma sobrar tempo para observar esses frequentadores, principalmente na famosa fila de espera. No sábado em que estivemos por lá, aguardamos mesa para quatro pessoas por uma hora e quarenta minutos!

Sorte contarmos com a companhia do casal DCPV, com quem batemos um bom papo e fomos acertando os detalhes do já citado Inter Blogs.
Ainda lá fora, pedimos um mini-escondidinho de carne seca (R$ 5,90).

Bela apresentação e excelente sabor. Purê de mandioca com cremosidade na medida e boa combinação de requeijão e queijo coalho. Pra que se irritar com a espera, não é mesmo?
Já alocados, continuamos interessados nas entradas. Os torresminhos (R$ 7,90) vieram secos, crocantes e, claro, acabaram rápido.

Só não estavam melhores do que os curiosos dadinhos de tapioca (R$ 11,90). Excelente sabor, ainda mais acompanhados do molhinho sweet chilli.

Com tudo muito bom, fomos nos empolgando e acabamos exagerando um pouco na quantidades de pratos principais. Pedimos quatro opções! Ainda bem que estão disponíveis em tamanhos mini, pequeno, médio ou grande, e o atencioso garçom tratou de corrigir a maior parte dos nossos exageros.
O Baião de Dois foi a escolha mais óbvia, mas valeu a pena (R$ 7,90 o pequeno).

Feijão, arroz, queijo coalho, lingüiça, bacon e carne seca formaram uma combinação elogiada por todos à mesa.
A Favada é descrita no cardápio como um opção composta de fava amarela cozida lentamente com lingüiça, bacon e carne-seca (R$ 11,90 o tamanho médio). O resultado é um prato consistente e muito saboroso.

Pedimos também um Atolado de Vaca, traduzido por carne de panela cozida com mandioca, tomatinho, cebolinha e azeitona verde.

Chega em uma bonita panelinha e custa R$ 15,90 (preço único). A Débora e eu, no entanto, não nos empolgamos com o sabor. Nossa impressão foi de provarmos uma carne de panela básica, algo em total contraste com os demais pratos provados até então.
Em compensação, voltamos a nos surpreender positivamente com a Peixadinha (R$ 24,90).

Fora do cardápio regular, era uma das opções do dia. Com molho à base de leite de coco, estava excelente e foi eleita por este casal de escribas o melhor dos principais provados naquela tarde – e olha que a concorrência era forte!
Na hora da sobremesa, o sorvete caseiro de rapadura com calda de catuaba (R$ 6,90) praticamente monopolizou as atenções.

Gostamos tanto que levamos pra casa um pote de dois litros. Custou caro (R$ 35), mas os bons preços das demais opções do cardápio dão uma compensada.
Apesar do sucesso do gelado de rapadura, não me arrependi de ter pedido mousse de chocolate com cachaça. A combinação é das melhores, ressaltada pela boa qualidade do chocolate utilizado.

Experimentamos também um pedaço do Pudim de Tapioca (R$ 6,90) pedido pelo Edu. Boa alternativa para a próxima visita.

Pretendemos voltar logo pois percebemos que o Mocotó faz jus à fama de ser um ótimo lugar para provar pratos clássicos da cozinha nordestina ou criações do chef famoso que está sempre por lá. Tudo isso, claro, sem nenhuma pressa.

Sugestão do chef: o Mocotó atrai ainda quem gosta de cachaças artesanais. Na carta, aparecem rótulos provenientes das regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Mocotó: Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100 – Vila Medeiros – São Paulo – SP – tel.: (11) 2951-3056

25 de mai. de 2010

O Inter Blogs do Edu Luz

Tivemos o prazer de participar do último Inter Blogs, degustação que acontece todos os meses lá no Da Cachaça pro Vinho (DCPV), blog comandado pelo Edu Luz.
Além de sugerirmos um Menu Praiano, fomos até a sede do DCPV para acompanhar o preparo dos pratos e participar do jantar.
Foi uma noite divertidíssima regada a vinhos, boa comida, muitas fotos e risos intermináveis.
A descrição completa e detalhada está no blog do Edu. Por aqui deixamos um video com o passo-a-passo da preparacão toda.
Obrigada ao Edu e à Dé por nos receberem!

23 de mai. de 2010

História e nostalgia no Pinguim

Ribeirão Preto já foi chamada de terra do chope. Em grande parte, por responsabilidade do tradiconal Pinguim. A fama começou pouco depois da inauguração, na década de 30, época na qual havia quem jurasse existir uma tubulação para levar chope da fábrica da Antarctica – situada nas imediaçãoes - direto para o bar. Lendas à parte, claro que aproveitaríamos nossa curta estada por aquelas terras (vermelhas) para conhecer o lugar.

A unidade do Centro, diga-se, fica em um prédio belíssimo que traz um certo clima nostálgico. Ao lado, o lindo teatro Pedro II também atrai os olhares de quem visita a cidade.

Da chopeira ainda saem produções da marca Antarctica. Chope correto e nada mais.

No cardápio de porções, nada diferente do encontrado em outros bares por aí. Mas com preços mais altos do que esperávamos.
Por isso, achei melhor pedir um prato e matar a fome de vez. O filet à parmegiana custou R$ 26,50 e chegou à mesa decorado com umas ervilhas em cima (!). Infelizmente, estava apenas bom. E parmegiana é um daqueles pratos que precisam ser excelentes sempre. Caso contrário, a decepção chega a superar a quantidade de calorias.

O cheese salada (R$ 12) também não foi, nem de longe, um dos melhores já provados pela Débora, mas ela não fez grandes reclamações.

Fechamos com mousse de chocolate razoável (R$ 8,50) e um creme de maracujá muito bom (R$ 12).

Pela história e imponência do lugar, o Pinguim vale uma visita, mas sem exageros nas expectativas em relação ao cardápio.

Sugestão do chef: a unidade do Centro de Ribeirão conta com uma lojinha na qual é possível comprar itens como pinguins de pelúcia, camisetas, imãs e outros objetos alusivos a esse ponto turístico da cidade.

Pinguim: Rua General Osório, 389 – Centro – Ribeirão Preto – SP – Tel.: (16) 3610-8258. Outros dois endereços em shoppings de Ribeirão Preto, além de uma unidade em Belo Horizonte.

13 de mai. de 2010

Malte, lúpulo e bacuri em Ribeirão Preto

No final de março estivemos em um evento que reuniu gente que gosta de beber e/ou fazer cerveja.

Aconteceu na fábrica da Cervejaria Colorado, em Ribeirão Preto, e, na ocasião, representantes das Acervas de São Paulo, Rio e Minas elaboraram três receitas da bebida para quem quisesse ver. De quebra, o Brew Day contou ainda com os mestre-cervejeiros da Colorado trabalhando na elaboração de uma receita da versão Indica.

Chegamos no final da brassagem, porém a tempo de participar do churrasco no centro de distribuição da cervejaria. A ideia era que os cervejeiros levassem suas produções para serem degustadas pelos participantes. Era só chegar com as garrafas e colocar pra gelar na caçamba da pick up!

Foi assim que provamos cervejas artesanais dos mais diferentes estilos, vindas de todos os lugares. Muitas delas sem nenhuma identificação no rótulo e cujos autores, provavelmente, nunca descobriremos quem são. Tudo isso ao som de muito rock'n roll.

A bebida mais inusitada foi também a de que mais gostamos: trata-se da cerveja com Bacuri, elaborada pelo Arlindo da Amazon Beer, lá de Belém do Pará. Com menos de 3% de álcool, é uma bebida aromática, levíssima e deliciosa!
Conhecemos muita gente ligada ao universo da boa cerveja e ficamos impressionados com a paixão com que essas pessoas encaram o hobby de fazer em casa suas próprias produções.

Sugestão do chef: a Colorado é conhecida por adicionar às cervejas ingredientes como mandioca, mel e rapadura. O portfólio inclui os estilos pilsen (Cauim), porter (Demoiselle), weiss (Appia) e pale ale (Indica). Este último, na nossa opinião, é o melhor deles.

Cervejaria Colorado: Rua Minas, 394 – Campos Elíseos – Ribeirão Preto – SP – Tel.: (16) 3441-5090

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