28 de dez. de 2008

Feliz 2009!


Esperamos que o Natal de vocês tenha sido maravilhoso, repleto de alegria, mesa farta, amigos e família.
Aproveitamos para agradecer por todas as visitas que tivemos em 2008 e também para desejar aos nossos leitores um ano novo com muita saúde, paz e bons motivos para comemorar.
Agora o blog vai sair de férias para voltar no início de 2009 com a continuação dos textos sobre Campos do Jordão.

Feliz 2009 para todos!!!

Abraços,
Débora e Fernando

21 de dez. de 2008

Viagem gastronômica pela Itália

O local escolhido para o jantar naquela noite fria em Campos do Jordão não poderia ter nome mais sugestivo: Festival Della Pasta.

Comandado por um chef italiano, o restaurante tem como principal atração uma degustação de sete receitas de diferentes regiões da Itália, a R$ 38,90 por pessoa. Elas são servidas em porções reduzidas e o cardápio muda a cada dia.
Sabíamos que o jantar seria farto, mas nem por isso recusamos o couvert (R$ 7,90) com berinjela e azeitona, cenoura, tomate seco e um pão caseiro que desmancha na boca.

O festival começou com nhoque de tomate fresco e rúcula, uma receita bem leve, originária da região de Marche.

Em seguida fomos servidos de lasanha de couve-flor e bacalhau, típica de Moglise, no sul da Itália. Essa não empolgou.

Para compensar, um delicioso Strozzapreti com ossobuco. Essa massa parecida com o fusilli, pelo que soubemos, é originária da região de Lazio. Foi a preferida da Débora.

Um intervalo nas massas para provar o bom risoto de alho poró e provolone, trazido do Vêneto.

Já estávamos quase satisfeitos quando chegou à mesa o Casoncelli. Prato mais exótico da noite, consiste em uma saborosa massa de batata e beterraba com canela. Nasceu no Piemonte e nos surpreendeu pela aparência e sabor diferentes de quase tudo o que conhecíamos da culinária italiana.

Na seqüência fomos servidos de uma excelente berinjela recheada de fetuccine e molho rosé, receita da Lombardia.

Já tínhamos perdido a conta de quantos pratos havíamos provado quando foi anunciado o último deles. Direto da Calábria, o Farfalle com molho de nozes foi, na minha opinião, o melhor da noite. E olha que a concorrência era forte!


Sugestão do chef: é possível levar para preparar em casa algumas massas produzidas artesanalmente no restaurante. Estão disponíveis ravióli, fettuccine, strozzapreti, nhoque e lasanha.

Festival Della Pasta: Rua José Manoel Gonçalves, 160 (Vila di Siena) – Vila Capivari – Campos do Jordão – SP – Tel.: (12) 3663-7300

14 de dez. de 2008

Culinária alemã numa casa de bonecas

Campos do Jordão é uma cidade acolhedora. Por lá é possível relaxar em meio ao verde da natureza, curtir o clima frio, passear pelas ruas estreitas repletas de lojas de malhas e artesanato. É também um bom lugar para se deliciar com a variedade de chocolates e, especialmente para nós, se esbaldar com as excelentes opções gastronômicas.

Sempre que vamos para Campos nos hospedamos no centro de Capivari, região com grande oferta de lojas, entretenimento, hotéis, pousadas e, claro, bares e restaurantes. Mas mesmo com toda essa variedade, existe um lugar que é parada obrigatória: o restaurante e confeitaria Bia Kaffee.
Localizado numa ruazinha bem estreita, o Bia Kaffee se destaca por funcionar numa casa de madeira que bem parece uma casinha de bonecas. Seu interior tem pouca iluminação e a decoração é rústica e charmosa.

O local serve pratos da culinária alemã e apresenta boa carta de cervejas nacionais e importadas.
Para nosso almoço, optamos pelas trutas, um dos pratos mais tradicionais em boa parte dos restaurantes da cidade.
O Fernando ficou com a Truta da Kris (R$ 29,80) – truta gratinada, molho de shitaki, shimeji e champignon ao vinho, arroz com amêndoas e cenoura caramelizada. A combinação do molho de cogumelos com o vinho ficou muito boa e o prato estava delicioso.

Apesar do frio daquela tarde, eu fui de Truta Tropical (R$ 26,40) – filé de truta assada com molho de mandioquinha, manga gratinada e arroz. Prato leve e tão bom quanto o do Fernando.

A escolha da sobremesa não foi uma tarefa rápida. A fama da confeitaria do Bia Kaffee corre pela cidade. Na estreita (e escondida) vitrine estão algumas opções das caprichadas tortas feitas no local, boa parte delas com baixa concentração de açúcar.

Depois de muito pensar, dividimos a torta de noz pecã com açúcar mascavo e a torta mousse de chocolate, ambas a R$ 7.

A torta mousse era mais doce e úmida, já a de noz pecã, além de menos açucarada, estava bem mais seca. Servidas em pedaços generosos, finalizaram muito bem nossa refeição.
Depois de alguns passeios pela cidade, retornamos ao Bia Kaffee para tomar um cafezinho acompanhado por um pedaço do saboroso e bem recheado Apfelstrudel (R$ 7,50).


Nossa missão, depois dali, seria começar a pensar no jantar...

Sugestão do chef: o Bia Kaffee é uma ótima opção para um café durante a tarde. Além das tortas e bolos, apresenta extensa carta de chás com mais de cinqüenta sabores da bebida.

Bia Kaffee: Rua Isola Orsi, 33 – Capivari – Campos do Jordão – São Paulo – SP. Tel: (12) 3663-1507

24 de nov. de 2008

Alguns dias nas montanhas

Desde o início da primavera planejamos passar uns dias em Paraty. Mas como o tempo não anda colaborando e a primavera está chuvosa e gelada, trocamos a praia pelas montanhas e aproveitamos um pouco o ar puro e o clima frio de Campos do Jordão para descansar e, claro, para comer bem.
Enquanto escrevemos os textos, preparamos um pequeno vídeo com o resumo da viagem.

16 de nov. de 2008

Degustação de cervejas inglesas

Participamos no mês passado no Drake’s Bar & Deck de uma degustação de cervejas inglesas importadas pela Boxer do Brasil.

O evento foi comandado pelo cervejólogo Edu Passarelli e começou com uma breve explicação sobre a função dos principais ingredientes da bebida.

Em seguida, começamos a degustar as cervejas harmonizadas com pratos preparados pelo australiano Greigor Caisley, chef do Drake’s.
Confira, a seguir, nossas impressões sobre as cervejas. Todas são vendidas pelo preço médio de R$ 22.


Fuller’s Honey Dew
A noite foi aberta com uma cerveja que acabou de desembarcar por aqui. A blond ale Honey Dew é 100% orgânica e tem mel adicionado no preparo. Extremamente leve, tem 5% de álcool, cor amarelo-ouro e sabor doce e refrescante que agradou ao paladar da Débora. Foi servida com um suave veloute de abóbora com mel e queijo de cabra.

Na Inglaterra é consumida também com gelo e limão, como uma espécie de drink.

Resolvemos experimentar, mas ainda preferimos a cerveja pura.


Fuller’s ESB
De cor âmbar avermelhada e 5,9% de álcool, a segunda cerveja harmonizou muito bem com purê de cenoura com crocante de papoula e tiras de salmão defumado. Ficou só um pouco mais amarga depois que comemos.

Mas o interessante mesmo foi notar como a bebida cortou a gordura do salmão.


Greene King Hen’s Tooth
Cerveja forte, do tipo Real Ale, com pouca espuma e teor alcoólico de 6,5%, a Hen’s Tooth foi servida com um ótimo curry suave de frango com quiabo.

De coloração cobre, é mais carbonatada que as outras por ter levedura ativa na garrafa. Seu amargor ficou muito evidente logo depois de começarmos a comer.


Fuller’s Golden Pride
Do tipo Strong Ale, é uma cerveja bem interessante. Aromatizada com laranja torrada e outras frutas secas, é uma cerveja licorosa (isso mesmo!) e com boa presença de álcool (8,5%).

Seu sabor encorpado equilibrou o forte sabor do rolinho de pato com hoisen e shitake.


Greene King Strong Suffolk
Essa cerveja passa dois a três anos armazenada em barris de carvalho. O resultado é uma bebida pouco convencional, de cor escura, sabor complexo e 6% de graduação alcoólica. Seu aroma lembra o de vinho do Porto.

Combinou bem com um prato também muito aromático: pernil de cordeiro com coentro em grãos e damasco.


Fuller’s London Porter
Cerveja de cor marrom escura e sabor bem suave. Já foi eleita a melhor Porter do mundo e harmonizou perfeitamente com a ótima torta de chocolate com creme de café.

A bebida apresenta um certo amargor, mas bem menor do que o observado em uma Guiness, por exemplo.


Sugestão do chef: Antes das bebidas, experimentamos o excelente pão de cerveja preparado pelo chef Greigor Caisley.

Ele é feito com o bagaço do malte de cevada resultante da produção de uma cerveja exclusiva do Drake’s Bar. O pão faz parte do cardápio regular do local. Nós recomendamos!

Boxer do Brasil: Rua Anhaia, 1218 – Bom Retiro – São Pulo – SP – Tel.: 3361-3233
Drake's Bar & Deck: Rua Tucambira, 163 – Pinheiros – São Paulo – SP – Tel.: 11 3812-4477

3 de nov. de 2008

Pilsen de verdade

Fomos presenteados pelo Edu Passarelli com uma amostra da Tcheca, cerveja artesanal de produção limitada, feita para resgatar as características originais do estilo pilsen, há tempos descaracterizado por aqui.
Com receita do cervejeiro caseiro Leonardo Botto, a Tcheca foi elaborada na cervejaria Bamberg, em Votorantim (SP).
A produção contou com a participação do próprio Edu, gastrônomo e especialista em cervejas.
Outro integrante da equipe realizadora é o André Clemente, editor de arte da revista Prazeres da Mesa, a quem coube realizar a arte do rótulo.
Feitas as apresentações, vamos à cerveja:

Ela apresenta cor dourada, 5% de álcool e um aroma que destaca o amargor do lúpulo. No paladar, nos pareceu uma cerveja bem mais encorpada que as pilsen vendidas por aqui. Outra grande diferença no sabor é, novamente, a boa presença de lúpulo, o que garante um amargor persistente.
Realmente é uma cerveja excelente, pena que a pequena produção se esgotou rapidamente.

Sugestão do chef: para quem aprecia a bebida e é apaixonado por gastronomia, recomendamos uma visita ao blog do Edu Passarelli. Por lá, tem sempre sugestões bem interessantes para harmonizar comida e cervejas.

27 de out. de 2008

O bom e barato de Moema

Em nossas andanças pelo bairro de Moema, notamos um restaurante sempre lotado nos almoços de fim-de-semana, o Abruzzo Trattoria.

Num sábado resolvemos aparecer por lá bem mais cedo do que de costume, na tentativa de não ficar muito tempo esperando por uma mesa. E deu certo.
Pra nossa surpresa descobrimos que o restaurante não tem relação direta com a culinária italiana. A comida é simples, mas muito saborosa. Funciona no sistema de buffet, em que cada um se serve à vontade pelo preço de R$ 15.
O valor é bem barato e deve ser um dos responsáveis pelas longas filas de espera. Principalmente se levarmos em consideração a média de preço das refeições no bairro, em geral bem superior.
Começamos pela boa variedade dos pratos frios, com destaque para as saladas bem frescas e para o caprichado carpaccio.

As opções de pratos quentes não são muito variadas, mas atendem a todos os paladares. Primeiro, provamos arroz com carne seca e um excelente bacalhau fresco grelhado, que ficou ainda melhor com um pouco do molho de maracujá.

Depois, partimos para as massas e experimentamos o raviole de carne com molho ao sugo e o espaguete ao molho pesto, todos bem executados. Tivemos que passar mais uma vez pela mesa dos pratos quentes!

Além do peixe e das massas, o buffet trazia ainda feijoada, frango e carne.

Sugestão do chef: pelos R$ 15 também estão inclusas algumas frutas (mamão e abacaxi) e sorvete de creme como sobremesa. Escolhemos uma fatia de mamão junto com uma bola de sorvete.


Abruzzo Tratoria: Rua Gaivota, 678 – Moema – São Paulo – SP – Tel. (11) 5055-2081

19 de out. de 2008

Quatro culinárias em um só lugar

O restaurante Obá freqüentou por muito tempo nossa imensa lista de locais para conhecer, até que finalmente na noite do sábado de uma semana especial, corremos para lá.
Num ambiente lindo e aconchegante, o restaurante apresenta uma boa mistura de culinária brasileira, mexicana, italiana e tailandesa.

Começamos pelo México com as Chimichangas: burritos dourados e recheados de pernil ao chili, com salsa de abacaxi (R$ 17). Ótimo no sabor, porém imaginamos que a porção seria um pouco mais generosa.

A cozinha brasileira inspirou a escolha da Débora para o prato principal. Ela pediu Peixe Caju (R$ 47), um bom filet de peixe em crosta de castanha de caju servido com purê de cará e molho de frutas. Simplesmente delicioso.

Eu, que ando mais viciado em curry do que o normal, fiquei logo de olho nos pratos de inspiração tailandesa. Fui de Gueng Garri Gai (R$ 34,50), um curry de frango com batata doce, arroz jasmim e relish de pepino. Estava bom, mas confesso que esperava um pouco mais.

Para a sobremesa, optamos pela degustação que dá direito a escolher quatro opções de doces, uma de cada país que inspira o cardápio do restaurante (R$ 29,50).

Em sentido horário, o Buñuelo, massa crocante mexicana com melado de rapadura, sorvete de creme e farofinha de milho estava só razoável. Um pouco melhor era a Torta do Luiz, feita com mousse de chocolate, um toque de cachaça, castanha-do-Pará e calda de maracujá. Surpreendente mesmo foi a excelente combinação do Fragole all’aceto (morangos com aceto balsâmico e creme de mascarpone). Em contrapartida, o Kao Niau, arroz doce tailandês ao leite de coco e manga, do qual tanto esperávamos, deixou a desejar.

Sugestão do chef: Entre as bebidas, uma opção bem criativa é a Caipirinha Abstêmia de frutas vermelhas (R$ 8,50). É um suco, porém com pedaços inteiros das frutas e servido em copo de caipirinha. Muito bom.

Obá: R. Melo Alves, 205 – Jardins – São Paulo – SP – Tel: (11) 3086-4774
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