29 de mar. de 2007

Matriz da Cerveja

Numa época em que muito se fala dos bares da moda, preferimos dar crédito a um bar que nunca saiu de moda.

Há exatos 20 anos o Frangó ocupa um centenário casarão do Largo da Matriz, lá na Freguesia do Ó. Ensinou desde cedo o que a maioria está aprendendo na marra só agora: que bares de bom nível devem ter uma verdadeira carta de cervejas. Fez disso seu diferencial e ganhou justa fama. Mas não se acomodou, quer uma evidência disso? Então saiba que basta uma cerveja gringa desembarcar pela primeira vez em terras brasileiras que as geladeiras do Frangó são um dos primeiros locais a recebê-las.

Tanta atenção às movimentações de mercado tem como efeito colateral uma grande confusão na cabeça de quem olha o cardápio e se vê obrigado a escolher entre as cerca de 200 marcas de cerveja. A decisão, claro, fica por conta da curiosidade: pode ser uma belga ou alemã famosa, uma brasileira produzida em alguma micro-cervejaria da qual poucos ouviram falar, uma japonesa que viajou horas e horas até chegar no Brasil, ou, quem sabe, até uma canadense sem tradição. Outro fator que pode e deve pesar na escolha é o tamanho do bolso. Isso porque os valores variam de um a três dígitos antes da vírgula.

E antes que algum atento leitor berre que nossa função aqui é sugerir, vamos ao trabalho: não deixe de provar o chopp holandês La Trappe Blond. A única cerveja trapista elaborada fora da Bélgica é aromática, apresenta espuma persistente e 6,5% de graduação alcoólica.

Consegue dois feitos raros: o de ser, ao mesmo tempo, encorpada e refrescante; e o de manter no chopp características idênticas à versão engarrafada. No Frangó, seu preço normal é 14,90 (o chopp), mas em épocas de promoção sai por R$ 9,90. Mais conhecida dos brasileiros, a alemã Spaten Hell (R$ 9,50) é outra que agrada. Trata-se de uma lager premium com bom corpo e um amargor característico.

Ambas são garantia de qualidade, mas com tanta variedade fica divertido escolher alguma ilustre desconhecida para ser degustada. Nesse caso, é bom saber que, em meio a duas centenas de marcas, estão escondidas algumas de qualidade duvidosa, pra dizer o mínimo. Nós, por exemplo, arriscamos a Bruge Ale, produzida em Águas de Lindóia. Decepção total! De cara, a cor de suco de caju nos deixou desconfiados.

O que não imaginávamos é que o pior estava por vir: um sabor muito, mas muito doce, quase rivalizando com um bom copo de caldo de cana (que acompanha bem o pastel, mas não se passa por cerveja).
O jeito é encarar com bom humor eventuais decepções com uma cerveja desconhecida. Agora, para não se decepcionar com os comes, desconsidere os pratos sugeridos no cardápio e vá direto à porção de coxinha (10 unidades por R$ 13,90).

Crocantes e com farto recheio de frango e Catupiry, fazem jus a cada um dos seus inúmeros fãs.

Sugestão do chef: Finalize com um digestivo licor. De cerveja, é claro! Estamos falando do Bierlikör, feito na melhor cervejaria brasileira, a catarinense Eisenbahn. A base dele é a Eisenbahn Dunkel, uma cerveja escura que leva cinco tipos de maltes torrados. Com aroma e sabor de baunilha, sai por R$ 7,50 no Frangó.


Frangó: Largo da Matriz de Nossa Senhora do Ó, 168 - Freguesia do Ó - São Paulo - SP - (11) 3932-4818 - www.frangobar.com.br

26 de mar. de 2007

Traditional Burger

Sofás tradicionais. Jukeboxes pelo balcão. Pôsters de Elvis Presley. Georgia on My Mind no som ambiente. Estamos no Rockets, que recria o ambiente das lanchonetes norte-americanas da década de 50.

O milk shake (R$ 16,50 o de chocolate, em duas porções) já levou prêmios, já integrou até lista de razões para amar São Paulo. Hoje é mais modesto e, sobretudo, mais doce.

A porção de fritas (R$ 8,90) continua ótima e ainda vem acompanhada de mostarda de ervas, cream cheese e catchup.

Entre os lanches diversos, destaque para os hambúrgueres. Eles continuam bons, mas também sofreram a ação do tempo. Não são muitos, e o que agrada mesmo é o Nº 1, com 150 gramas de carne, cheddar, alface, cebola crua e um molho próprio (R$ 14,70).

Vale a visita. E vale mais ainda a torcida para o Rockets voltar a ser uma das melhores lanchonetes da cidade.

Sugestão do chef: Quer trocar o milk shake por algo mais refrescante (porém não menos doce)? Peça a cherry lemonade (R$ 4,90), uma gostosa limonada com xarope de cereja e gelo picado.

Rockets: Alameda Lorena, 2.090 – Jardins – São Paulo – SP – Tel: (11) 3081-9466 – Site: www.rockets.com.br

21 de mar. de 2007

Refeição no palito

Sabe aqueles dias em que apesar da fome não sentimos vontade de comida farta e nem de apelar para os sanduíches? Pois nessas ocasiões a dica é aderir à nova moda dos bares paulistanos: os espetinhos.

E se quando você pensa em espeto, logo imagina o típico churrasquinho de carne tão comum nos fins de semana, lembre-se que o brasileiro é extremamente criativo e toda essa criatividade aparece também na hora de elaborar cardápios diferenciados. Pelo menos, foi isso que vimos no Assim Assado, um bar despojado, charmoso e, claro, especializado em espetinhos.


São mais de 40 opções que variam entre carnes, peixes, pães, vegetais, legumes e frutas, a maioria com preços entre R$ 3 e R$ 4,20.
Os básicos, como picanha, frango e lingüiça são servidos pelo garçom no estilo rodízio.
À la carte estão as criações menos tradicionais, como cordeiro com molho de hortelã, bacalhau e quiabo com bacon.


Para o público vegetariano destacamos as versões coração de alcachofra com tomate seco e palmito com tomate cereja e rúcula.

Sugestão do chefe: Não deixe de provar os espetinhos de frutas cobertas com chocolate. O carro-chefe é o de morango, mas foi o de abacaxi que arrancou suspiros.


Assim Assado: Al. Dos Aicás, 1185 – Moema – SP Tel. 5041-0964 Site: http://www.assimassado.com.br/

13 de mar. de 2007

Fartura germânica

A partir de agora o blog inicia uma série que trará indicações de bares e restaurantes que servem comida farta e gostosa por preços bem acessíveis.
As dicas virão intercaladas com outros posts e tratarão de locais dignos do rótulo “bom e barato”, que diversas publicações gastronômicas costumam usar. No entanto, são endereços normalmente desprezados por elas, mas que agora poderão se vingar ostentando o selo Barato que Satisfaz, aqui do Brincando de Chef!
Pra começar, uma reflexão: o que nos faz escolher diversas vezes o mesmo restaurante? A pergunta é válida porque tem restaurantes em que você vai duas, três, quatro vezes e adora. Aí resolve bater cartão, até que numa sétima ou oitava visita é surpreendido por uma comida sem tempero, um atendimento complicado, uma mudança inesperada no cardápio.Manter a qualidade deve ser mesmo o maior desafio para os empreendimentos gastronômicos.
Tudo isso pra dizer que nós conhecemos um local que parece não cometer erros graves. Ou pela menos não fez isso nas cerca de 20 vezes em que estivemos por lá. Estamos falando do Bier&Bier lá da avenida Sumaré.


Ele é alemão de origem, mas incorporou diversas criações brasileiras. Inspirado na terra natal, o misto de salsichas no réchaud chega com a companhia de chucrute e salada de batata (R$ 31). Tão germânico quanto é o paprika schinitzel (R$ 34,70 para dois).
Da parte abrasileirada destacam-se as enormes porções de filet mignon ou de frango.
Um dos melhores é o filé de frango à moda, recheado com queijo e presunto, coberto por um sensacional molho à base de catupiry e acompanhado de palmito e arroz com passas. Tudo isso sai por R$ 34,70 e serve muito bem duas pessoas (a foto do prato mostra apenas uma parte porção).

Tem boas caipirinhas e sucos caprichados, entre eles o de abacaxi com hortelã. Como nem tudo é perfeito, há algum tempo deixou de oferecer a cerveja Paulaner, parece que em função de um problema na importadora. De qualquer forma, dá pra se divertir com a Weihenstephaner, feita pela mais antiga cervejaria do mundo, em atividade desde 1040. A versão de trigo (R$ 14) tem bom corpo e um aroma frutado que surge com maior intensidade conforme a bebida vai esquentando. É uma espécie de segunda colocada competente, dessas que não deixam a líder se acomodar.
Quem preferir chopp Brahma ou cervejas nacionais para acompanhar o almoço não deve gastar mais de R$ 30 (por pessoa).

Sugestão do chef: Sim, você até pode argumentar que tomate seco não combina com a comida alemã. Também pode não dar a mínima para azeitonas pretas. Mas saiba que nada disso é motivo para recusar o couvert! É que tem também um molhinho à base de maionese e legumes que faz qualquer um perder a linha. Simples e irresistível.

Bier & Bier: Av. Sumaré, 1293 - Perdizes - São Paulo - SP - Tel.: (11) 3871-4677 – http://www.bierbier.com.br/

11 de mar. de 2007

O chopp é Brahma, mas o bar é bom

Numa noite quente em que fugimos das enormes filas de espera do clássico Frangó e dos bares especializados em espetinhos, acabamos conhecendo o Barthô, novidade em Perdizes.
Claro que não nos livramos totalmente da espera, mas pelo menos ela não excedeu 15 minutos. Sem falar que fica mais fácil não perder a paciência quando a casa oferece uma agradável pracinha com bancos e cadeiras confortáveis para quem aguarda uma mesa.

Confortável, aliás, é um adjetivo que podemos estender para todo o ambiente do Barthô: aberto e arejado, com mesas distribuídas sem aperto.
Seu nome oficial é Barthô Chopperia, o que suscitou uma dúvida: o que faz um bar se intitular chopperia? Digo isso porque quando leio “chopperia”, sempre espero ver no balcão chopeiras de marcas diferentes. Acontece que por lá os cervejeiros devem se contentar mesmo com o manjado chopp Brahma em suas duas versões. Tudo bem que a bebida não faz feio perto de outros chopps nacionais de produção industrial, mas as cervejas em garrafa fazem falta.

Quem considerar que isso é motivo suficiente para partir direto aos destilados, deve saber que não faltam versões diferentes de caipirinha. No entanto, é preciso certa moderação, já que algumas delas são tão exóticas como sem graça. Quer dois exemplos: carambola com uva verde e gengibre (R$ 13,50) e lima da pérsia com maçã verde (R$ 12). Na dúvida, prefira a já conhecida versão de frutas vermelhas, que combina muito bem com saquê.

Já quem prefere os não-alcoólicos pode se divertir com sucos naturais (R$ 3,30), com a vantagem de não precisar consultar o garçom para saber quais frutas estão disponíveis. Isso porque o cardápio traz esse detalhamento, o que garantiu elogios da Débora.
Assim como acontece com as caipirinhas, nos comes a criatividade também impera. Por R$ 25,60, a gororoba consiste em uma inusitada mistura de rosbife caseiro, vinagrete, aliche, queijo prato, azeitonas pretas, parmesão ralado e orégano. Já quem pedir o bobózinho será servido de oito bolinhos de mandioca recheados com camarão (R$ 18,90).
Se achar melhor não arriscar, a tradicional picanha no réchaud serve bem três pessoas (e olha que a idéia inicial era comer singelos espetinhos) e traz como acompanhamentos farofa, vinagrete e pãozinho, tudo muito bom pelo preço de R$ 34.

Outra dica é a porção mista de pastéis, que faz a festa dos moradores da região. Também, pudera, o tamanho de cada unidade é o dobro dos servidos em outros bares pelo mesmo preço médio (algo em torno de R$ 16).
O Barthô, ou a Barthô Chopperia conta ainda com uma charutaria no final do salão. Verdade que, por ser espelhada, passa aos outros freqüentadores a impressão de que os apreciadores do tabaco estão de castigo. Apenas um detalhe curioso de uma casa que parece ter vindo para ficar.

Sugestão do chef: Para o grand finale, peça sem culpa a torta mousse de chocolate com amêndoas, castanha de caju e sorvete de creme (R$ 9,80).


Barthô Choperia: R. Caiubi, 1.249 – Perdizes – São Paulo – SP – Tels.: (11) 3877-0489 e 3868-4419

9 de mar. de 2007

Fruto de um país tropical

Não é apenas por puro prazer que o Fernando vem escrevendo alguns posts sobre cerveja. O verão paulistano está bem quente, com a temperatura acima da média. Hoje, por volta da hora do almoço, os termômetros marcavam 32º! Clima propício para se refrescar tomando uma loira gelada, suco ou sorvete, principalmente quando não se pode estar na praia.
Dias atrás senti vontade de algo diferente para espantar o calor. Foi quando me lembrei que há alguns anos a moda do verão era o açaí. Suco, sorvete e, em especial, na tigela, a fruta típica da região Norte do Brasil invadiu as grandes capitais e virou a febre da estação.

Diversas casas de sucos, lanchonetes e alguns restaurantes incorporaram a fruta em seus cardápios. E claro que depois disso senti vontade de tomar uma enorme tigela de açaí com direito à banana, granola e xarope de Guaraná, combinação que não só refresca como também proporciona muita energia para enfrentar os dias quentes.
Posso estar enganada, mas acredito que atualmente o açaí não é tão consumido como antes. Considerando esse fato, o blog resolveu pesquisar alguns lugares em São Paulo especializados nessa frutinha amazônica. Nem todos foram testados, mas vale a intenção de despertar nos leitores o desejo de se esbaldar com muito açaí!

Açaí B&B
No decorrer dos últimos anos, visitamos algumas vezes a unidade localizada na zona oeste. Percebemos que a qualidade do açaí caiu um pouco, principalmente do suco. Ainda assim vale a visita, pois os preços são justos, o cardápio é variado e o açaí na tigela é generoso. Serve também outras frutas na tigela como cupuaçu e morango, sucos, cervejas, água de coco, lanches naturais, aperitivos, pratos e até rodízio de sushi. Aos sábados e domingos, por volta das 21h, acontecem shows de pop/rock, reggae e forró, cujos freqüentadores potenciais são adolescentes. Possui delivery.
Unidade 1: Av. Dr. Arnaldo, 1179 – Pinheiros. Tel: 3873-0035
Unidade 2: Rua Tuiuti, 2589 – Tatuapé. Tel: 6491-0007
http://www.acaibob.com.br/

Açaí beach bar
O estabelecimento é bem simples e até lembra um boteco, só que o açaí na tigela é caprichadíssimo e, sem dúvida, o mais gostoso até o momento. Cremoso, docinho e com muita banana, saímos bem satisfeitos. Aliás, coisa que não é difícil acontecer já que o cardápio inclui diversas combinações entre açaí e outras frutas, cremes e suplementos. Cerveja em garrafa, sanduíches, sucos, porções e saladas complementam o cardápio. Tudo isso por ótimo preço. Em breve irá inaugurar nova unidade na região da Av. Paulista. Por enquanto, delivery apenas nos arredores de Moema.
Av. dos Imarés, 255 (esquina com a Alameda dos Jurupis) Tel: 5543-7722 5094-1676 http://www.acaibeachbar.com.br/

Tribo Açaí
O açaí é bom, já o espaço, nem tanto. Mesmo com o endereço em mãos é preciso bastante atenção para não passar lotado pelo sobrado onde funciona o Tribo Açaí. O lugar é simples e totalmente sem decoração. O salão térreo parece uma cozinha. Na parte superior, há uma sacada com vista panorâmica para os telhados vizinhos, mas nada disso importa para o público fiel que freqüenta a casa. Além do tradicional açaí, o destaque vai para as muitas opções de sucos, em especial os de frutas nordestinas – sempre in natura – como umbu e mangaba. Conhecer o local se torna mais atrativo se você der sorte e encontrar o proprietário Carlão, que além de ser muito receptivo e divertido, não dispensa uma boa conversa. Ah! E os preços são bem camaradas. Também possui delivery na região.
Rua Caiubí , 764 –Perdizes
http://www.triboacai.com.br/

Qualyfruit
O Qualyfruit é um misto de restaurante natural, quitanda e casa de sucos. Sua popularidade é alta pois os ingredientes são sempre bem frescos. Além de algumas versões do açaí na tigela e dos sucos naturais, a casa serve diariamente almoço e jantar com pratos individuais leves e saborosos, porém não tão bem servidos e com preços pouco convidativos. Aos sábados, domingos e feriados também é possível escolher entre duas opções de café da manhã. Tenta aparentar clima praiano mas a pouca iluminação atrapalha. A novidade é o delivery na região.
Rua Elvira Ferraz, 155 - Vila Olímpia. Tel: 3848-0901
http://www.qualyfruit.com.br/

Açaí bar
Localizado no circuito das baladas paulistanas, o Açaí Bar tem decoração praiana e despojada. O cardápio é variado e a lista de complementos para o açaí na tigela é extensa. O local é abarrotado, em especial nos fins de semana e à noite, horário em que vira point dos tennagers. Tentaremos uma visita bem antes do entardecer. Talvez assim tenhamos mais sorte.
Rua Chilon, 141 (esquina com Av. Brigadeiro Faria Lima) – Vila Olímpia. Tel: 3045-0505
http://www.acaibar.com.br/

Atol bar e restaurante
Funcionando há pouco mais de dois anos, o Atol iniciou sua história servindo açaí na tigela e alguns petiscos em uma tranqüila rua da Vila Leopoldina. Diferente da época em que abriu as portas – quando seu nome era Atol Açaí –, música ao vivo às sextas e sábados, promoções para o happy hour durante os demais dias da semana, sanduíches, saladas, drinks, porções e pratos disputam espaço com o açaí na tigela, que se tornou uma mera sobremesa. Ainda não visitamos a casa, mas ela já está na lista dos lugares que pretendemos conhecer em breve.
Rua Barão da Passagem, 1460 – Vila Leopoldina. Tel: 3641-7934
http://www.atolbar.com.br/

Banca Elite
Também é um dos lugares que ainda não visitamos, porém logo o faremos. Tradicional e conhecido, o espaço reúne banca de jornal, barraca de frutas e floricultura. Possui considerável variedade de sucos naturais além de cremes feitos a partir de sorvetes batidos com frutas. Já escutamos a boa fama de seu açaí na tigela. Como o calor por aqui parece continuar no fim de semana, conhecer essa banca não é má idéia, concorda?
Avenida Guilherme Dumont Villares, 2011 – Morumbi. Tel: 3742-5332

República do Açaí
Encontramos esse endereço nos guias da Veja e da Folha. A proposta parece boa. Sessenta opções de pastéis, cinqüenta de sucos – dentre eles alguns exóticos como o de uvaia – e mais outras opções como cremes de frutas, sanduíches e porções podem ser encontrados na República do Açaí, que tem como carro-chefe nada menos de vinte e cinco versões do açaí na tigela. Mas o que nos chamou a atenção foi algo um tanto criativo: o açaí trufado. Se você conhece esse lugar e, principalmente, se já experimentou o açaí trufado, mande suas impressões pois estamos bem curiosos.
Av. Dr. Eduardo Cotching, 295 (ao lado do Shopping Anália Franco) - Vila Formosa - Tel: (11) 6671-6866
http://www.republicadoacai.com.br/

Sugestão do chefe: Reforçando o que já mencionamos em alguns textos, estabelecimentos como estes normalmente promovem shows de reggae e forró. Por esse motivo, prefira visitar os locais entre o almoço e o entardecer, pois nesse período é possível tomar um açaí bem gostoso longe do barulho e do incômodo de esperar muito por uma mesa. Caso queira ir à noite, vale telefonar antes e verificar se vai acontecer algum evento.

7 de mar. de 2007

Solução diplomática

Aqueles que acompanharam os últimos posts devem ter percebido que a Débora quer chocolate enquanto eu não vivo sem cerveja. Na tentativa de solucionar o entrave sem prejuízo a nenhuma das partes, resolvemos provar a Backer Brown Chocolate, produzida em Minas Gerais.

De cor semelhante à de café e com 4,8% de graduação alcoólica, até combina bem com doces como o já comentado fudge. Porém, o aroma artificial de chocolate parece destoar completamente do amargor da cerveja. Resultado disso é o risco de desagradar tanto quem gosta de bebidas amargas quanto os que preferem as docinhas. Vale mais pela curiosidade.

Cervejaria Backer: www.choppbacker.com.br

5 de mar. de 2007

Grelhados em ambiente agradável

Quem gosta de grelhados e se cansou de ir aos mesmos lugares deve conhecer a Frangaria, restaurante localizado em um quarteirão residencial da Vila Olímpia.

No enorme salão ou em uma das mesas do também espaçoso jardim é possível provar os grelhados na brasa, especialidade da casa. Por R$ 40, duas pessoas dividem o kit picanha, com arroz e polenta acompanhando a carne. Se não quiser ficar restrito a um só corte, peça meia porção de lingüiça calabresa ou toscana (R$ 9).

Para beber, a extensa carta de cervejas traz opções bem melhores que a argentina Isenbeck, que resolvemos experimentar. Ela lembra um pouco as pilsen brasileiras de nível intermediário, o que não justifica o preço (R$ 12 a garrafa de um litro).

Quem gosta de refrigerantes vai querer provar um dos quatro sabores de soda italiana, entre os quais limão siciliano e amora. Suco de uva integral produzido na Serra Gaúcha é outra boa pedida.

Sugestão do chef: Se não gostar de carne mal passada, não esqueça de escolher o ponto preferido.

Frangaria: R. Gomes de Carvalho, 955 – Vila Olímpia – São Paulo – SP – Tels.: (11) 3045-8828 e 3045-8867 – Site: www.frangaria.com.br

4 de mar. de 2007

Eu só quero chocolate!

Depois de alguns textos dedicados à bebida preferida do Fernando, chegou a vez de falar sobre a minha paixão gastronômica: o chocolate. Nosso relacionamento é tão intenso que ele foi tema do meu trabalho de conclusão de curso na faculdade, em que apresentei a proposta editorial e gráfica de um livro histórico-cultural sobre chocolate.

Sua origem é interessante. O povo asteca usava as sementes do cacau para produzir uma bebida fria e amarga cujo nome era Tchocolatl. Quando as terras astecas foram conquistadas pelos espanhóis, essa bebida se difundiu entre a família real hispânica, porém açúcar, especiarias e mel foram incorporados a ela para que seu sabor se tornasse adocicado. Tempos depois, os monges espanhóis a transformaram em barras. Aí surgia o chocolate, que aos poucos se espalhou pela Europa e América do Sul, tornando-se cada vez mais apreciado.
Pois bem, deixando um pouco a história de lado, é hora de escrever sobre meus chocolates favoritos. Mas afinal, quais são eles? Nem eu sei bem... Chocolate é algo tão indispensável e saboroso que qualquer bombom produzido pelas marcas líderes já satisfaz meu desejo de consumi-lo. Claro que existem muitas diferenças entre os chocolates industrializados e os artesanais ou entre os nacionais e os importados.
Levando esses fatores em conta, decidi falar sobre os últimos chocolates sensacionais que conheci. O primeiro deles é o Porta.

De origem alemã, é um chocolate ao leite recheado de framboesa (há outras opções de recheio). Depois da primeira mordida, ele lembra – vagamente – o Sensação, produzido aqui no Brasil pela Nestlé. Mas logo se percebe a enorme diferença. O alemão é cremoso e seu farto e consistente recheio realmente tem forte gosto natural de framboesa.
O próximo comentário é sobre as trufas belgas da marca Belgian.

Espetaculares, em nada lembram qualquer trufa industrializada brasileira. Digo isso porque elas são leves, cremosas e fresquíssimas, dando a impressão de que acabamos de tirá-las da panela. A última dica é um quase-chocolate, muito comum nos Estados Unidos, chamado Fudge.

Quase-chocolate porque na verdade ele é um doce que tem a aparência de uma barra de chocolate. Eu o conheci por meio da minha professora de inglês e hoje o Fudge se tornou o doce preferido do Fernando, perdendo apenas para a Torta Rogel, do Havanna Café. A receita é simples e faz muito sucesso.
Composto basicamente por chocolate amargo, leite condensado e nozes, o Fudge é uma ótima opção para presentear, servir aos amigos, agradar o namorado ou simplesmente comer um chocolate gostoso.
Ficou com vontade? Está salivando? Calma! A receita do Fudge está aí embaixo. Não é a original que aprendi com minha teacher porque fiz pequenas modificações, como, por exemplo, adicionar o damasco e o rum.

Ingredientes:

3 tabletes (170g) de chocolate meio-amargo
1 lata de leite condensado
1 xícara de chá de nozes picadas
½ xícara de chá de damascos picados
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de chá de rum
1 pitada de sal
Assadeira 30 cm x 19,5 cm
Papel alumínio

Preparo:

Descasque e pique as nozes no menor tamanho que conseguir (sem usar o processador) e reserve.
Pique os damascos de modo que eles ocupem apenas ½ xícara. Adicione rum (eu uso o branco) até cobrir todos os pedaços e deixe curtindo por oito horas. Eles vão inchar e encher a xícara. Reserve também.
Forre a assadeira com papel alumínio, não apenas o fundo, mas de modo que sobre papel suficiente nas laterais para cobrir toda a massa que será colocada na assadeira. Deixe-a próxima do recipiente que estiver usando para preparar o doce.
Derreta o chocolate em banho-maria usando um refratário grande. Certifique-se que não sobrou nenhum pedaço. O chocolate deve ficar líquido. Adicione a essência de baunilha, o rum e misture apenas o necessário para incorporá-los uniformemente ao chocolate derretido. Coloque a pitada de sal e faça o mesmo. Adicione as nozes, o damasco e misture.
Por fim, junte o leite condensado e mexa tudo muito rápido (porém com cuidado para que a mistura fique uniforme), pois nesse ponto o chocolate começa a endurecer e é preciso ser ágil para não passar do ponto.
Despeje a massa na assadeira forrada e cubra com o papel alumínio que sobrou nas laterais. Faça uma leve pressão com as mãos para tornar o doce uniforme. Deixe na geladeira por três ou quatro horas.
Na hora de servir, corte o doce em quadrados pequenos. Se for presentear, corte em barras médias e faça um belo arranjo com papel celofane colorido.

Sugestão do chefe: Para incrementar a receita, você pode substituir as nozes por castanha-do-pará ou pistache e o damasco por passas ao rum ou cerejas cristalizadas. Prefira usar um chocolate de boa qualidade e que não seja muito doce. Acredito que o Nestlé Classic é ótimo para garantir a qualidade.

1 de mar. de 2007

What is Brazil?

Material de divulgação de uma noite internacional promovida por interessante bar paulistano informava que, além dos pratos típicos, a festa teria um toque brasileiro, já que serviria chop Heineken e caipirinha. De vodka.
Mais tupiniquim que isso só assistir ao Super Bowl bebendo Budweiser!
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