25 de abr. de 2010

Colonia del Sacramento

Na segunda-feira, momentos antes de nosso city-tour por Buenos Aires, fomos até a central da Buquebus e compramos as passagens de barco para Colonia del Sacramento, encantadora cidade do Uruguai tombada pelo patrimônio histórico da Unesco. A opção do buque rápido faz o trajeto em cinquenta minutos e custa 218 pesos por pessoa (ida e volta). O barco, além de grande e confortável, tem um ótimo free shop com boas promoções.

A beleza arquitetônica de Colonia torna o passeio rico mesmo quando o céu nublado e a chuva tentam atrapalhar.

Impossível não admirar as casas, o pier, a vista do rio De la Plata, a praça e as ruínas históricas.

As lojas de artigos em couro e o artesanato garantem aos turistas boas opções de compras. E as dezenas de restaurantes, a maioria especializada em carnes ou massas, aguçam o paladar de qualquer viajante.
Na cidade, praticamente todos os restaurantes disponibilizam o cardápio na entrada. Por isso, demos voltas e mais voltas para olhar diversas opções antes de escolher onde iríamos comer. Afinal, só tínhamos tempo para um almoço por lá… e nessas idas e vindas, nossa ideia inicial de provar o churrasco uruguaio foi abortada ao depararmos com o menu do Mesón de La Plaza.

Ficamos indecisos entre as massas e os pratos à base de cordeiro. Mas concordamos logo em relação à bebida: Clericó (165 pesos uruguaios), sangria feita com vinho branco reserva.

Petiscamos os pães do couvert com manteigas e maionese temperadas enquanto nos decidimos, finalmente, pelas massas.

Eu fui de Sorrentinos de Vino y Cordero (240 pesos uruguaios), com massa à base de vinho branco, recheado de cordeiro e servido com molho pomodoro. Mesmo com recheio farto, a massa estava muito leve e o frescor do tomate e do majericão colaboraram para o sucesso do prato.

O Fernando também se saiu muito bem com a sua escolha. Os Ravioles a la Príncipe de Nápoles estavam excelentes (180 pesos uruguaios). Massa caseira recheada de verdura e molho com creme de leite, champignon, presunto, molho inglês e de tomate. Tudo gratinado com um bom queijo Gruyere.

Depois de pratos ótimos, estávamos certos de que a sobremesa também seria muito boa, afinal, algo que leva o doce de leite daquela região não pode ser ruim, não é mesmo? Felizmente as Panqueques de Dulce de Leche não nos decepcionaram (65 pesos uruguaios).

Vale mencionar que a equivalência em reais do peso uruguaio é (bem) diferente do peso argentino. Nossa conta, incluindo água e o serviço, saiu por 755 pesos uruguaios, algo em torno de 151 pesos argentinos ou perto de 76 reais na época.
Com este post, encerramos nossos relatos da viagem por Buenos Aires, San Isidro, Tigre e Colônia del Sacramenro. A partir dos próximos dias, postaremos visitas a bares, restaurantes e afins em Santa Catarina e Paraná, estados por onde passamos nos últimos meses, além, é claro de São Paulo.

Sugestão do chef: no centro histórico de Colonia del Sacramento há uma loja da marca Punta Ballena, fabricante dos alfajores uruguaios bastante conhecidos no Brasil.

Mesón de La Plaza: Vasconcellos, 153 ­– Colonia del Sacramento – Uruguai – Tel.: (598) 52 24807.

18 de abr. de 2010

San Isidro e Tigre

Da estação de trem Retiro, na região central de Buenos Aires, é possível partir com destino a Mitre (passagem: 1,10 peso).

Lá, depois de atravessar uma passarela até a estação Maipu, acontece o embarque no Tren de La Costa, um expresso turístico que vai até o Tigre com outras nove paradas (12 pesos, com direito a reembarque no mesmo trecho).

O trajeto é curto, agradável e repleto de mansões, campos de pólo e belas paisagens.
Perto do horário do almoço, estávamos a uma parada de San Isidro e resolvemos procurar por lá algum lugar para comer.
A pequena San Isidro é charmosa, arborizada e envolvente. Da estação já se vê algumas lojas, restaurantes e até uma unidade da Freddo. Também se avista a imponente torre da catedral.

E a Catedral de San Isidro é incrível! Foi construída em 1898 e o sua arquitetura neogótica realmente impressiona.

Andamos um pouco pelas ruas principais da cidade e logo nossa atenção se voltou para o bistrô La Calle de los Naranjos, situado em uma rua cheia de pés de laranja.

O lugar é pequeno e apresenta cardápio enxuto. O valor do almoço executivo, que inclui sobremesa e água ou refrigerante, varia de acordo com o prato principal. Aceitamos a cortesia da água, mas pedimos também duas taças de vinho (branco e tinto, 7 pesos cada). Fomos servidos também de alguns pães.

A fome era grande e por isso não demoramos muito para escolher o que iríamos comer. Os Langostinos flambeados con tequila, salsa Guacamole y Nachos custaram 42 pesos. Como nossa referência portenha eram os pratos generosos de Buenos Aires, achamos a porção um pouco pequena, mas a comida estava saborosa e os camarões, no ponto certo.

Melhor que eles só as Costillas de Cerdo con cebollas caramelizadas y papas bravas (36 pesos).
A carne de porco derretia de tão macia e as cebolas caramelizadas estavam deliciosas.

Já as sobremesas poderiam ser melhores. O Créme Bulée de Limón não era tão consistente e a Ensalada de Frutas trazia algumas frutas em conserva e por isso ficou muito doce.

No geral, ficamos contentes com a refeição e aproveitamos bastante nosso passeio pela bela San Isidro.

Sugestão do chef: depois do almoço retornamos à estação de trem de San Isidro pois nossa última parada era no município de Tigre para fazer o passeio de barco pelo delta do rio Paraná.

É uma programação interessante, em especial para ver as casas e alguns restaurantes que margeiam o rio. Durante a semana, a última saída do catamarã é às 16h.


La Calle de los Naranjos: 25 de Mayo, 272 – San Isidro – Argentina – Tel. (54 11) 4747-6619.

15 de abr. de 2010

Último jantar em Buenos Aires

A ideia naquela noite de sábado era um jantar repleto de comidas da Patagônia. Não deu certo. O restaurante típico fechou ou então foram os redatores do guia que tínhamos em mãos que erraram feio na indicação do endereço. Era para ser uma decepção, mas não foi bem assim.
A razão? Fomos parar no Punta Brasas, um restaurante dos mais agradáveis no movimentado Palermo Hollywood. Nem sentimos passar os 20 minutos de espera, em parte porque a simpática hostess achou dois bancos livres ao lado do bar, de onde ficamos acompanhando o movimento de frequentadores, o que significa uma interessante mistura de gente de estilo descolado com pessoas de visual mais, digamos, “clássico”. Todos elegantes, cada um a seu modo.

Outro motivo para o tempo passar depressa foi a possibilidade de bebericar duas taças de espumante servidas como cortesia, talvez pelo fato de os administradores da casa sentirem uma certa obrigação de se desculpar por não sermos atendidos de imediato. Impossível não simpatizar com aquele lugar.
Alocados em uma boa mesa num dos cantos do restaurante, começamos a elogiar o patê de fígado de galinha com queijo servido no couvert.

A Débora, ainda sem esquecer o objetivo inicial daquela noite, pediu uma saborosa Trucha Patagonica (39 pesos), coberta por creme de amêndoas e acompanhada de molho de cenoura com gengibre, além de batatas.

Eu escolhi Lomo a la Mostaza de Díjon com Papas a la Crema (38 pesos), prato clássico e costumeiramente bom em qualquer lugar. Mas ainda melhor com carne argentina temperada na medida certa. Simples e sensacional.

Sem conhecer, pedimos o vinho Don Nicanor malbec (70 pesos), forte e encorpado mas apenas razoável.

Fechamos a noite com uma deliciosa Panqueque de Manzana flambada na mesa com rum (18 pesos).

Difícil descrever como gostei daquele nosso último jantar em terras portenhas. Acho que a ocasião sintetizou perfeitamente como nossa viagem foi boa em todos os aspectos, sobretudo no gastronômico.

Sugestão do chef: Às sextas e sábados, a casa funciona em sistema de open bar da uma às quatro da manhã.

Punta Brasas:
Bonpland, 1694 – esquina com Honduras – Palermo Hollywood – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54 11) 4776-2784

13 de abr. de 2010

Post refrescante

Um dos desejos que levamos na bagagem era o de comprovar a boa fama dos sorvetes argentinos.
Já no primeiro dia, enquanto passeávamos por San Telmo, vimos uma filial da Freddo e resolvemos entrar. Claro que a nossa estréia no universo dos gelados deveria ser regada com o espetacular doce de leite daquela terra. Cada um de nós optou pelo copo de dois sabores (15 pesos). Doce de Leite Clásico, Doce de Leite Tentação – com o sorvete misturado a pedaços do doce bem cremoso –, Creme de Frutos do Bosque e Canela foram nossos pedidos. Todas as opções tinham sabores bem definidos, mas o Doce de Leite Tentação foi, de longe, o que preferimos. Simplesmente maravilhoso.

Em uma outra tarde, passeávamos pelo bairo da Recoleta e paramos na Un'Altra Volta. De ótimo custo-benefício, a casquinha pequena, que serve dois sabores, custa 11 pesos. Dessa vez ficamos interessados em experimentar alguma versão feita com frutas. Gostamos bastante do Sorbet de Manga com Laranja. O de Limão também estava saboroso, mas foi servido em grande quantidade e quase não sobrou espaço na casquinha para o ótimo Doce de Leite com Brownie. Achamos excelente também o Chocolate Tentação, especialmente por estar mais cremoso que os outros.

Fazia muito calor no dia em que visitamos San Isidro e Tigre, duas cidades próximas a Buenos Aires. O jeito (é claro) foi procurar alguma sorveteria para nos refrescarmos. A Gaudí, localizada bem perto da catedral de San Isidro, também serve alguns doces além dos sorvetes artesanais – alvo de nosso interesse. O recepiente menor, que comporta dois sabores, sai por 9 pesos. O de Framboesa estava muito bom. Já o de Chocolate com Amêndoas, apenas razoável.

No Tigre, enquanto esperávamos começar o passeio de catamarã, aproveitamos para tomar mais um “helado” na Antonio Helados & Café, sorveteria pequena com atendimento atencioso. O preço foi bem atrativo: três sabores por 9 pesos. Provamos o de Doce de Leite, o de Kinotos ao Whisky e a versão Ferrero Rocher. Todos eram menos cremosos que os sorvetes de Buenos Aires. Aprovamos o Ferrero Rocher, porém esperávamos mais dos outros dois.

Finalizamos nosso roteiro (realizado em diferentes dias, obviamente) tomando um gelado na Persicco, onde a casquinha com dois sabores é vendida por 15 pesos. A primeira impressão não foi das melhores, pois a quantidade servida foi bem diferente em cada uma das casquinhas. Mas, para nossa alegria, esse foi o único escorregão da Persicco. O sorvete de Doce de Leite Granizado superou o de Doce de Leite Caseiro, também muito bom. Banana e Mousse de Limão foram outras ótimas opções.

Sugestão do chef: não chegamos a uma conclusão exata sobre qual das sorveterias foi a nossa preferida. A Freddo levou uma pequena vantagem, mas a Un'Altra Volta e a Persicco aparecem logo atrás em um empate técnico.

Antonio Helados & Café: Estación Fluvial Tigre, local 8 – Tigre – Argentina – Tel.: (54 11) 4731-6578.
Freddo: Defensa, 901 – San Telmo – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54 11). Outras unidades no site.
Gaudí: Av. del Libertador con 9 de Julio – San Isidro – Argentina – Tel.: (54 11) 4747-4597
Persicco: Salguero con Cabello – Palermo – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54 11) 0810-333-7377. Mais três unidades.
Un'Altra Volta: Quintana con Ayacucho – Recoleta – Buenos Aires – Argentina – Tel.: (54 11) 4783-4048.
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