27 de mar. de 2011

SPRW – Casinha de Monet

Não é uma regra, mas temos o costume de aproveitar as edições da São Paulo Restaurant Week para visitar restaurantes em que nunca estivemos antes. Há quem se incomode com essa tática, sob o argumento de que o período promocional não é dos mais propícios para registrar as primeiras impressões sobre esses lugares. Na tese de quem pensa assim, movimento acima da média pode revelar um atendimento mais confuso do que o habitual, e o cardápio restrito talvez não demonstre o real potencial dos chefs/cozinheiros. Discordamos convictamente! Afinal, quem não consegue mostrar um bom trabalho durante duas semanas para as quais é possível se preparar com muita antecedência, dificilmente o fará em outras épocas. Pelo menos essa é a nossa opinião.
Ao bistrô Casinha de Monet, queríamos ir desde os tempos em que o local ficava, realmente, em uma casinha – há alguns meses se mudou para um imóvel bem maior, no mesmo bairro de Pinheiros. O térreo concentra as mesas mais aconchegantes. Quando chegamos para o almoço, porém, todas estavam ocupadas e foi preciso subir a escada para garantir nossas lugares. O mezanino se revelou um ambiente mais simples, porém também agradável, exceção feita à acústica ruim: quando a casa lotou, o barulho chegou a incomodar.

Depois de pedir dois sucos de limão siciliano – ácidos até no preço (R$ 6 cada) –, usamos a consagrada tática de pedir uma opção de cada do menu do festival, para provar de tudo.

Assim, a Débora foi servida de Salada de folhas verdes com harumaki de cogumelos, e comentou que, apesar do bom sabor, a massa – um tanto murcha – aparentava ter sido frita bem antes do nosso pedido.

A minha versão da salada verde veio com bacalhau desfiado com azeite, acompanhado de tapenade de azeitonas pretas (pasta típica da região da Provence) e um outro molho à base de tomate. Tão delicioso que lamentei a ausência de maior quantidade do peixe naquele prato repleto de folhas frescas.

O lamento se trasformaria em elogios minutos depois, com a chegada dos principais. Para a Dé, uma perfeita Anchova com purê de wasabi e molho de gergelim torrado. Nota dez para o criativo purê, vítima de algumas garfadas minhas, é claro.

Mas a iguaria que verdadeiramente aguçou meu paladar naquela tarde foi o Confit de pato ao mel de especiarias com trigo bulgur e legumes. Coxa e sobrecoxa com sabor marcante, preparadas no ponto exato e com deliciosos acompanhamentos. Um deleite!

Fechamos com uma bem apresentada Pêra ao zabaione, com forte sabor de vinho branco e especiarias.

Tão boa quanto os Profiteroles entrelaçados com sorvete de creme e calda de chocolate. Não dava nada por esse doce, mas confesso que adorei a leveza da massa, bem diferente de outras versões degustadas por aí.


Sugestão do chef: Claude Monet não inspirou apenas o nome do restaurante. Na decoração, os traços do impressionista francês aparecem com destaque em dezenas de quadros.

Casinha de Monet: Rua Fradique Coutinho, 37 – Pinheiros – São Paulo – Tel.: (11) 3032-7403
Horário de funcionamento: Segunda a Quinta das 12 às 15hs e das 19 às 23hs; Sexta e Sábado das 12 às 17hs e das 19 às 23h30; Domingo das 12 às 17hs e das 19 às 23hs.

20 de mar. de 2011

São Paulo Restaurant Week: 8ª edição

Como quase todos já sabem, na segunda-feira (21/03) começa a 8ª edição da São Paulo Restaurant Week. A novidade é que dessa vez o número de cidades participantes é recorde (12). O release preparado pela assessoria de imprensa – e reproduzido por alguns portais – fala que o festival chega a "todo o estado", mas na prática entraram as cidades de Barueri, Campinas, Cotia, Embu, Santo André, São Bernardo do Campo, São Sebastião, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Santos e Guarujá, além, é claro, da capital.
Nos cardápios servidos até o dia 3 de abril, entrada, prato principal e sobremesa custam R$ 29,90 no almoço e R$ 39,90 no jantar.
Informações sobre os restaurantes que aderiram e o que cada um deles irá servir podem ser consultadas no site oficial.
É um bom momento para conhecer aqueles lugares em que você ainda não esteve por conta dos altos preços praticados. Para evitar longas esperas, tente reservar a mesa com antecedência – nem todas as casas aceitam reservas, o que é lamentável.
Muita atenção também ao menu. Gosto é gosto, mas talvez não seja o caso de rumar para restaurantes onde será servido salada verde, spaghetti ao sugo e sorvete de creme! Radicalizamos um pouco no exemplo, mas vale ficar atento pois não são poucas as roubadas desse tipo.
Para ajudá-lo na escolha, relembramos algumas boas experiências vividas por nós em edições anteriores da SPRW.
As três casas abaixo continuam presentes na edição atual, porém com outros cardápios.

Fillipa

Gostamos de saber que durante o almoço promocional as opções servidas eram as mesmas do cardápio trivial. Os pratos foram generosos e muito saborosos. Nota dez para o serviço.

Govinda
Apesar do atendimento lento, aprovamos a inclusão do couvert tradicional da casa, que custava R$ 16,00 na época, como a opção de entrada. Ponto positivo também para os pratos bem servidos.

La Marie
O bistrot francês apresentou menu simples em relação ao fixo, mas tudo estava caprichado. Entrada, prato principal e sobremesa bem executados e feitos com ingredientes de excelente qualidade.
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