24 de nov. de 2008

Alguns dias nas montanhas

Desde o início da primavera planejamos passar uns dias em Paraty. Mas como o tempo não anda colaborando e a primavera está chuvosa e gelada, trocamos a praia pelas montanhas e aproveitamos um pouco o ar puro e o clima frio de Campos do Jordão para descansar e, claro, para comer bem.
Enquanto escrevemos os textos, preparamos um pequeno vídeo com o resumo da viagem.

16 de nov. de 2008

Degustação de cervejas inglesas

Participamos no mês passado no Drake’s Bar & Deck de uma degustação de cervejas inglesas importadas pela Boxer do Brasil.

O evento foi comandado pelo cervejólogo Edu Passarelli e começou com uma breve explicação sobre a função dos principais ingredientes da bebida.

Em seguida, começamos a degustar as cervejas harmonizadas com pratos preparados pelo australiano Greigor Caisley, chef do Drake’s.
Confira, a seguir, nossas impressões sobre as cervejas. Todas são vendidas pelo preço médio de R$ 22.


Fuller’s Honey Dew
A noite foi aberta com uma cerveja que acabou de desembarcar por aqui. A blond ale Honey Dew é 100% orgânica e tem mel adicionado no preparo. Extremamente leve, tem 5% de álcool, cor amarelo-ouro e sabor doce e refrescante que agradou ao paladar da Débora. Foi servida com um suave veloute de abóbora com mel e queijo de cabra.

Na Inglaterra é consumida também com gelo e limão, como uma espécie de drink.

Resolvemos experimentar, mas ainda preferimos a cerveja pura.


Fuller’s ESB
De cor âmbar avermelhada e 5,9% de álcool, a segunda cerveja harmonizou muito bem com purê de cenoura com crocante de papoula e tiras de salmão defumado. Ficou só um pouco mais amarga depois que comemos.

Mas o interessante mesmo foi notar como a bebida cortou a gordura do salmão.


Greene King Hen’s Tooth
Cerveja forte, do tipo Real Ale, com pouca espuma e teor alcoólico de 6,5%, a Hen’s Tooth foi servida com um ótimo curry suave de frango com quiabo.

De coloração cobre, é mais carbonatada que as outras por ter levedura ativa na garrafa. Seu amargor ficou muito evidente logo depois de começarmos a comer.


Fuller’s Golden Pride
Do tipo Strong Ale, é uma cerveja bem interessante. Aromatizada com laranja torrada e outras frutas secas, é uma cerveja licorosa (isso mesmo!) e com boa presença de álcool (8,5%).

Seu sabor encorpado equilibrou o forte sabor do rolinho de pato com hoisen e shitake.


Greene King Strong Suffolk
Essa cerveja passa dois a três anos armazenada em barris de carvalho. O resultado é uma bebida pouco convencional, de cor escura, sabor complexo e 6% de graduação alcoólica. Seu aroma lembra o de vinho do Porto.

Combinou bem com um prato também muito aromático: pernil de cordeiro com coentro em grãos e damasco.


Fuller’s London Porter
Cerveja de cor marrom escura e sabor bem suave. Já foi eleita a melhor Porter do mundo e harmonizou perfeitamente com a ótima torta de chocolate com creme de café.

A bebida apresenta um certo amargor, mas bem menor do que o observado em uma Guiness, por exemplo.


Sugestão do chef: Antes das bebidas, experimentamos o excelente pão de cerveja preparado pelo chef Greigor Caisley.

Ele é feito com o bagaço do malte de cevada resultante da produção de uma cerveja exclusiva do Drake’s Bar. O pão faz parte do cardápio regular do local. Nós recomendamos!

Boxer do Brasil: Rua Anhaia, 1218 – Bom Retiro – São Pulo – SP – Tel.: 3361-3233
Drake's Bar & Deck: Rua Tucambira, 163 – Pinheiros – São Paulo – SP – Tel.: 11 3812-4477

3 de nov. de 2008

Pilsen de verdade

Fomos presenteados pelo Edu Passarelli com uma amostra da Tcheca, cerveja artesanal de produção limitada, feita para resgatar as características originais do estilo pilsen, há tempos descaracterizado por aqui.
Com receita do cervejeiro caseiro Leonardo Botto, a Tcheca foi elaborada na cervejaria Bamberg, em Votorantim (SP).
A produção contou com a participação do próprio Edu, gastrônomo e especialista em cervejas.
Outro integrante da equipe realizadora é o André Clemente, editor de arte da revista Prazeres da Mesa, a quem coube realizar a arte do rótulo.
Feitas as apresentações, vamos à cerveja:

Ela apresenta cor dourada, 5% de álcool e um aroma que destaca o amargor do lúpulo. No paladar, nos pareceu uma cerveja bem mais encorpada que as pilsen vendidas por aqui. Outra grande diferença no sabor é, novamente, a boa presença de lúpulo, o que garante um amargor persistente.
Realmente é uma cerveja excelente, pena que a pequena produção se esgotou rapidamente.

Sugestão do chef: para quem aprecia a bebida e é apaixonado por gastronomia, recomendamos uma visita ao blog do Edu Passarelli. Por lá, tem sempre sugestões bem interessantes para harmonizar comida e cervejas.
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