Datas especiais merecem lugares especiais. Pelo menos é isso o que acontece em todas as nossas celebrações.
Chegamos ao
Maní por volta das 13h de um domingo e não ficamos nem dez minutos na fila de espera. Mas demos sorte. Pouco tempo depois o simpático corredor com vista para a cozinha estava lotado.

Por trás da data especial que envolvia a nossa comemoração, havia uma enorme expectativa em relação ao trabalho executado pela “pareja” de chefs Helena Rizzo e Daniel Redondo.
A decoração de extremo bom gosto mescla itens rústicos, despojados, finos e retrôs. O ambiente é muito agradável e acolhedor, certamente preparado para os visitantes sentirem vontade de ficar horas por lá.
Queijo de cabra com pimenta rosa, coalhada seca, manteiga com flor de sal e ótimos pães quentinhos foram a nossa primeira boa impressão em relação à comida do local. Mas o melhor do couvert (R$ 12 por pessoa) foi a placa de biscoito de polvilho, uma espécie de gostinho "casa da vó" para adultos.

O drink sem álcool Zero Zero – abacaxi, limão, hortelã e soda (R$ 15) – não empolgou tanto quanto a combinação simples de espumante e frutas vermelhas do Kir Maní (R$ 21).

E eis que chegaram os pratos principais, ou melhor, as obras de arte em forma de comida. Que apresentação linda!
O Peixe do dia a baixa temperatura no Tucupi com Banana da terra e migalhas do Maní (R$ 61), trazia ingredientes brasileiros apresentados de forma única e criativa. Gostamos muito de provar o tucupi servido como uma espuma no estilo Ferran Adrià. Conseguimos sentir claramente o sabor de cada ingrediente, mesmo dos mais delicados.

Aprovado também foi o Atum levemente grelhado com Quinua, Chutney de Amoras, Espuma de Gengibre e Shissô (R$ 66). Peixe cozido no ponto certo, quinua soltinha, espuma de gengibre saborosa, cremosa e consistente. E o que dizer do chutney de amoras? Espetacular!

Foi bem difícil escolher a sobremesa pois todas as propostas são muito interessantes. Inclusive, precisamos voltar ao Maní apenas para experimentar todas as opções doces do cardápio.
Decidimos conhecer a versão elaborada para o tradicional Açaí, que no Maní é feita com banana nanica, gelatina de guaraná, farofa de aveia, marshmallow de açúcar mascavo, raspadinha de morango e sorvete de açaí (R$ 18). Sobremesa original, colorida, leve e bem exótica.

Ficamos curiosos para saber como seria um doce cujo nome é "O Ovo" (R$ 18). Resultado: gostamos muito do sorvete de gemada com espuma de coco e coquinhos crocantes.

Para finalizar nosso almoço artístico, cafezinho Nespresso (R$ 5,80) e a conta.

Claro que a experiência não saiu barata, mas o custo-benefício foi muito positivo. Comida caprichada, saborosa e visualmente atrativa, ingredientes de alta qualidade, atendimento gentil e eficiente. Aliás, não deve ser nada barato manter toda aquela quantidade de garçons.
O Maní não é um restaurante que podemos frequentar em intervalos curtos, mas afirmamos que ele está na lista dos lugares especiais para voltarmos quando a vida nos presentear com boas e grandiosas surpresas.
Sugestão do chef: o Manioca é o espaço para eventos do Maní, em funcionamento ao lado do restaurante. Apesar de pequeno, o ambiente é lindo e tem uma agradável área ao ar livre.
Maní: Rua Joaquim Antunes, 210 – Jardim Paulistano – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3085-4148