27 de set. de 2007

Cidade da saúde

Assim é conhecida a estância hidromineral e climática de Serra Negra, que ganhou esse apelido por conta das diversas fontes de água mineral e do ar puro que é notado logo no começo da subida da serra. Também é uma das cidades que formam o circuito das águas.

Distante 153 km de São Paulo, sua altitude varia entre 927 metros no centro e 1310 metros nos vales. A temperatura é amena no início da manhã e à noite, porém o resto do dia costuma ter sol e céu azul.


Serra Negra é uma das cidades do interior paulista onde o turismo é forte. Isso acontece pela soma do excelente clima com o intenso comércio local. Artigos de madeira, lã, malha e couro são encontrados por todas as estreitas ruas do centro e fazem a alegria dos turistas, em especial das mulheres.

E disso eu posso falar bem e já aviso: a quantidade de bolsas, sapatos, malhas, tricô e roupas é de enlouquecer. Impossível sair de lá com as mãos vazias. Sem falar nos objetos de decoração (artesanatos, quadros, cristais, crochê...) e todas essas quinquilharias que a gente sempre arruma um cantinho vazio em casa para colocar.
Mas como este blog foca a gastronomia, vamos ao que interessa.
Existem muitas lojinhas repletas de guloseimas e produtos caseiros de fabricação local, como queijos dos mais diferentes tipos, patês, embutidos, antepastos, bolachas, licores, cachaça, compotas, geléias, doces, pimenta e mel. E a melhor parte é que os ingredientes são de alta qualidade e os preços acessíveis. Dá pra comprar de tudo um pouco por preço justo, diferente de São Paulo onde produtos artesanais costumam custar mais caro.

Simplicidade é a palavra que melhor define a gastronomia local. Os bares e restaurantes não investem muito na decoração dos estabelecimentos e na apresentação dos pratos, mas isso não interfere na boa comida servida em grande parte deles.

Notamos, inclusive, que a cidade começa a se desenvolver nesse assunto. Cafés gourmet e lojas de chocolates finos já são vistos com mais freqüência e o preço médios das refeições também aumentou consideravelmente. Ainda assim não dá para comparar, por exemplo, com Campos do Jordão, cujos restaurantes são, em grande maioria, voltados para a gastronomia internacional. Em Serra Negra isso não acontece, o lugar é rústico.
Mas isso não é ruim, pelo contrário. Andar por lá é o mesmo que voltar ao passado, relembrar a infância e rever algumas coisas saudosas como esse sorvete tirado em uma máquina que eu não via há pelos menos uns 10 anos.


Durante a curta estada não deu para conhecer tudo que prevemos, principalmente porque descobrimos lugares legais que não estavam no roteiro. Claro que voltaremos para ir em todos eles. Os próximos posts serão dedicados aos que visitamos dessa vez.

Sugestão do chef: a rede hoteleira da cidade é muito boa e variada, atendendo a todos os gostos e bolsos. É possível ficar no centro, em bairros próximos, na montanha e até nas cidades vizinhas. A escolha depende do que se pretende fazer por lá e da estrutura dos hotéis. O melhor é consultar o site da cidade e escolher pelo que melhor se enquadra ao seu perfil.

6 comentários:

  1. Débora e Fernando, tenho quase certeza que ja estive em Serra Negra. Acho que minha tia tinha uma casa la, porque lembro de ter ido a uma piscina-clube de agua mineral, com sauna, massagem. da cidade eu pouco me lembro--foi ha muito tempo... ;-) Que encanto rever essa maquina de sorvete com os vidros de xarope. Coisarada do interioRR de Sao Paulo, minhas origens, com muito oRRgulho! ;-)

    beijao pra voces!

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  2. Esse sorvete ai eu não encaro não...

    Fui a Serra Negra numa viagem de Poços de Caldas até Campinas.

    Não dei o devido valor quando passei por lá, mas talvez por ser Minas Gerais bem servida de estâncias hidrominerais. Mas na próxima vou conferir.

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  3. Bacana viajar co'cêis, hehehehe!

    Bjo,

    Diogo

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  4. Fezoca, a melhoRR coisa do interioRR é a faRRtura na mesa! rs

    Rodrigo, o sorvete tem gosto de infância! Mas o próximo post descreve um restaurante português e acho difícil você não encarar esse, viu.

    Diogo, vocês viajam por aqui e nós viajamos lendo o Destemperados que agora estão com deliciosos textos sobre Buenos Aires.

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  5. Gosto muito dessa cidade. Passei o último reveillon lá.
    Ficamos na casa de um amigo e nem comprávamos água, íamos buscar a cada dois dias na fonte.
    bjo,
    Nina.

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  6. Nina,
    O clima de lá é ótimo e ter água mineral fresquinha, indo direto à fonte, é uma maravilha.

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