O evento, organizado e produzido em parceria pela Secretaria de Estado da Cultura e a ONG Abaçaí Cultura e Arte, reuniu artesanato, comidas típicas, apresentações folclóricas e manifestações artísticas e religiosas de 180 municípios paulistas.
Infelizmente só pudemos comparecer no último final de semana, justamente os dias de maior público. Por isso não deu para ver, experimentar e fotografar tudo o que gostaríamos, já que a oferta de entretenimento era grande.
E como a gastronomia sempre fala mais alto, gastamos boa parte do nosso tempo em meio às diversas barracas de comidas típicas. Era tanta coisa boa que foi muito difícil decidir o que comer. E mais difícil ainda ter de ir embora sem conseguir provar muitas delas por pura falta de espaço no estômago.
Não é fácil ver uma porção dessas iguarias aqui na capital, o que torna o evento ainda mais atraente.
Abaixo está o resumo que preparamos para mostrar um pouco do que vimos por lá, dividido por cidades.
São Roque
Por R$ 2 era possível provar um copo de vinho artesanal, mas o calor de quase 30º nos forçou a ignorá-lo e ficar com o copo do suco de uva do Frade, pelo mesmo valor.
Mais aguado do que gostaríamos, serviu apenas para nos refrescar um pouco.
Barra do Turvo
Um dos melhores petiscos que experimentamos foi o pastel caipira (R$ 1,50).
A massa leva apenas farinha de milho e água, daí a cor amarelada e a textura semelhante a da polenta. A carne do recheio estava bem temperada e combinou com a massa.
Eldorado
O chips de banana (R$ 2 o pacote) é uma espécie de aperitivo feito com finas lascas de banana verde frita.
Pode ser doce (polvilhado com açúcar refinado e canela em pó) ou salgado (polvilhado com sal).
Buri
Sem dúvida a barraca mais animada que vimos. A simpatia das senhoras de Buri chamou nossa atenção.
Aliás, vale ressaltar que as pessoas que vivem no interior de São Paulo costumam mesmo ser alegres, prestativas, tranqüilas e animadas. Bem diferente de boa parte dos paulistanos.
E o bolinho de mandioca com carne (R$ 1) estava tão bom que não resisti e trouxe uma bandeja para fritar em casa.
Atibaia
No estande de Atibaia o destaque ficou por conta dos virados. Optamos pelo de ervilha, prato típico da cidade, que vinha com arroz, lingüiça, salada de alface e tomate (R$ 6).
Acertamos na escolha pois ele consegue ser tão bom quanto o tradicional de feijão.
Charqueada
Cachaça, rapadura, açúcar mascavo e melado de cana eram os únicos produtos dessa barraca.
E o que atraiu nossa atenção foram as rapaduras com cidra, gengibre ou abóbora. Três pedaços pequenos por R$ 2.
Caraguatatuba
Por ser uma cidade litorânea, sua gastronomia destaca os frutos do mar. Foi impossível passar direto ao ver os belos mariscos e, principalmente, o tamanho da panela onde era preparado o cheiroso risoto de camarão (R$ 8).
Mas como nem tudo que reluz é ouro, foi a nossa grande decepção do dia. O tempero estava tão forte que não conseguimos comer todo o prato.
São Francisco Xavier
E para compensar nossa desilusão com o risoto de camarão, nos esbaldamos com muitos copos de suco de limão do mato (R$ 1,50), uma das melhores descobertas desse evento.
Extremamente cheiroso e com gosto semelhante ao do limão Siciliano, o suco é leve, saboroso e refrescante. Perdemos a conta de quantos copos tomamos.
Jundiaí
O calor continuava forte e por isso não nos animamos mesmo com a oferta de vinhos artesanais.
Mas o suco de uva integral Pérgola estava tão cheiroso que resolvemos comprar um copo (R$ 2). Encorpado, sem adição de açúcar e levemente gelado, agradou tanto nossos paladares que voltamos para casa com uma garrafa de 500 ml.
Monteiro Lobato
Cocada mole, doce de abóbora com coco, doce de leite, doce de figo.
Tantas opções apetitosas que a vontade era comer um pouco de cada, mas acabei decidindo pelo arroz doce (R$ 1).
Duartina
Interior paulista é sinônimo de milho: pamonha, bolinho de milho, curau, doce de milho com coco, espiga de milho cozida. Milho de todos os jeitos e para todos os paladares.
Provamos e aprovamos o curau (R$ 2).
Capivari
Em uma barraca escondida estava uma das comidas que eu mais gosto: cuscuz paulista. Nas versões de camarão, sardinha ou legumes, tive outra grande dificuldade na hora da escolha. Fiquei com o de camarão (R$ 4) e não resisti em petiscar o de sardinha (R$ 3).
Ambos muito gostosos, mas prefiro a receita da mãe do Fernando, que capricha na azeitona.
Sugestão do chef: o Revelando São Paulo é um evento anual que acontece geralmente no mês de setembro. Para os próximos anos vale a pena acompanhar a agenda cultural de São Paulo e conferir em quais datas ele acontecerá. Caso tenha disponibilidade, evite os dias mais cheios visitando o evento durante a semana. Com o público menor dá para conversar bastante com os expositores, pegar dicas turísticas e até conseguir as receitas dos pratos e petiscos saboreados.
Parque da Água Branca (Parque Dr. Fernando Costa): Av. Francisco Matarazzo, 455 – São Paulo – SP
Abaçaí Cultura e Arte – Organização Social de Cultura: Rua Cásper Líbero, 390, conj. 610 – Tel.: (11) 3311-8887
Show de bola galera! Não tem do que reclamar...
ResponderExcluirMuito bacana mesmo.
Bjo
Uma pena eu ter tipo tempo pra encarar a maratona deste festival. Quem sabe ano que vem...
ResponderExcluiradoro conhecer comidas e costumes de outras cidades, estados, países!
Fiquei com água na boca vendo as descriçoes e fotos deste post.
bjo,
Nina.
Meninos...que post bacana!
ResponderExcluirAposto que muita gente (como eu, por exemplo...) não sabia desse festival.
Quanta coisa boa! Eu acho que teria problemas para escolher o que comer também...vai ficar para o próximo ano.
meudeuso, que maravilha! eu iria ficar louca despirocada nesse festival--quanta coisa boa! uau! esse parque tambem eh um charme. ha muitos anos, eu trabalhei por uns meses num canal de tevê que ficava ali na avenidona do parque [nao lembro o nome] e entao eu descia do onibus que me trazia de Campinas numa outra avenidona [que tbm nao lembro o nome-em frente a um shopping[ e caminhava ate o trabalho cruzando esse parque. era um oasis no meio de Sao Paulo. beijos! :-)
ResponderExcluirHaja estómago para tanta delícia! Nossa, esse foi um dia gastronômico e tanto! Aqui em casa ficamos babando só de ler o texto de vocês!
ResponderExcluirA gente quase foi no evento, acabamos mudando de idéia na última hora. Fica para o próximo ano.
Abraço!
Diogo, não podemos mesmo reclamar. Estava muito bom.
ResponderExcluirNina, tente ir no próximo ano. Você não vai se arrepender!
Emília, a vontade era experimentar tudo, foi muito difícil selecionar o que comer.
Fezoca, a avenidona do Parque é a Francisco Matarazzo e a do shopping é a Antártica. O Parque é agrdável e cheios de árvores, mas de uns anos pra cá está um pouco abandonado e sujo. Uma pena.
Tony, estava legal, cheio de atrações bacanas. Fica para a próxima edição.
Não vai ter post novo aí não?!
ResponderExcluirTo curioso rpa saber da próxima, galera!
Bjos
Deu até vontade de ir lá.
ResponderExcluirmuito boa informaçoes sobre a gastromomia Paulista ,me ajudou no trabalho escolar .
ResponderExcluirbjos a todos