27 de jun. de 2007

Degustando as importadas da Ambev

Na semana passada a Ambev assumiu a distribuição no Brasil de três marcas alemãs de cerveja: Spaten, Löwenbräu e Franziskaner.

Para o lançamento, a empresa chamou jornalistas para uma degustação. O evento foi no G.U.T, bar alemão do Itaim que tentamos conhecer meses atrás, porém sem sucesso devido ao excesso de público.
O lugar é bem interessante, nada a ver com os tradicionais restaurantes germânicos. É um alemão moderninho, com direito a música eletrônica no som ambiente, num volume que não impede ninguém de conversar.
Na mesa em que estávamos, que contava com a presença do Ricardo Amorim do ótimo blog Cerveja Só, a degustação/aula foi comandada pelo Sandro Reis, um dos mestres cervejeiros da Ambev.
A primeira a ser servida foi a Franziskaner Weissbier Kristallklar, uma cerveja aromática, com bastante gás e 5% de álcool. Para harmonizar, salada de folhas verdes com pedaços de frango, morango e molho de mel.

Foi interessante notar que a cerveja ficou mais amarga depois que provamos a salada, principalmente pelo sabor adocicado do mel.
Na seqüência experimentamos a Franziskaner Hefe-Weissbier, cuja segunda fermentação se dá na garrafa. Apresenta cor turva, bem menos gás, sabor e aroma frutados. Para acompanhá-la, uma massa de pizza com maçã e nozes que deixou a bebida bem mais leve.
Curioso que tínhamos provado essa cerveja e considerado, no máximo, razoável. Mudamos totalmente de opinião.

Quando já nos preparávamos para degustar a terceira variação da Franziskaner, fomos surpreendidos pela Löwenbräu (pronuncia-se Luvenbrói), que chegou na companhia de vários tipos de salsicha com molhos condimentados à base de mostarda e barbecue.
Os petiscos harmonizaram perfeitamente com o gosto forte da cerveja, que possui um amargor interessante, daqueles que cumprem seu papel mas não permanecem por muito tempo.

Tudo bem que já tínhamos bebido algumas Spaten enquanto aguardávamos a chegada dos demais jornalistas (viu como ficar esperando nem sempre é ruim?), mas não deixaríamos de degustá-la novemente! A bebida é uma munchen helles bem leve, com baixíssimo amargor. Contrastou, propositalmente, com a picante carne ao molho de mostarda que a acompanhou.

Para terminar, só faltava mesmo a Franziskaner Dunkel, cerveja escura, de tom acastanhado, com espuma densa e sabor de malte torrado. Na nossa modesta opinião, a mais fraquinha das cinco. Chegou à mesa com a companhia de pedacinhos de joelho de porco e chucrute. Ao contrário do que alguns podem imaginar, caiu muito bem.

No fim da noite, além da visão meio turva e uma certa dificuldade para caminhar, saímos de lá com a certeza de que voltaremos ao G.U.T para provar de novo os petiscos e pratos alemães muito bem elaborados.

Sugestão do chef: As três marcas passam a ser vendidas em São Paulo por bons preços em relação a algumas outras importadas. Franziskaner e Spaten (ambas de 500 ml) têm preço sugerido de R$ 6,50. Já a Löwenbräu (330 ml) sai por R$ 3,90.

Ambev: http://www.ambev.com.br/

G.U.T.: Rua Bandeira Paulista, 812 – Itaim Bibi – São Paulo – SP
Tel.: (11) 3073-1417 – Site: http://www.gutbar.com.br/

24 de jun. de 2007

São Paulo a 5 Km

Por mais que a gente goste de São Paulo tem sempre uns dias em que dá vontade de sair um pouco, desconectar da cidade. Pena que muitas vezes essa vontade bate nos momentos em que não dá pra viajar, ir pra mais longe. Aí, o jeito é sair para almoçar em um lugar que te faça esquecer da correria.
Foi isso que conseguimos no Celeiro da Granja, restaurante situado no alto de uma colina da Granja Viana, com fácil acesso pela Raposo Tavares.


Ao embicar o carro em uma das vagas já é possível perceber a beleza da construção, inspirada nas steak houses do Texas. Ao entrar, você se surpreenderá com o enorme pé direito e perceberá melhor que as pedras estão presentes em boa parte da construção.

Dos vários ambientes, o mais agradável é o deck, instalado a 15 m do solo. De lá é possível ter uma visão ampla da região, com a megalópole paulistana perdida lá longe.


Pena que no sábado de sol em que fomos o ambiente estava fechado. Vai entender...
O cardápio é daqueles bem extensos, pra ler com calma enquanto se experimenta um dos pães fresquinhos do couvert (R$ 5).

Nas entradas, uma das opções é um incomum escondidinho de camarão que dessa vez não provamos, mas logo o faremos.
Peixes, frutos do mar, saladas e até algumas massas são sugestões interessantes para quem resolver dispensar o destaque do cardápio. Sim, as carnes argentinas grelhadas na parrilla. Para ajudar na difícil missão de escolher o corte da sua preferência, o restaurante oferece combinados que matam a fome desde duas até 10 pessoas. Para quem ficou curioso, essa opção para 10 pessoas leva quase 3 kg de carne divididos em sete cortes, além de pimentão e cebola grelhados.
Apesar de nossa fome ser grande, ficamos com uma opção mais modesta, a parrilla 609.

O combinado serve até três pessoas e inclui 300 g de vacio (fraldinha), 350 g de tapa de cuadril (picanha), 150 g de lingüiça toscana e uma cebola grelhada. Tudo muito bom e por um preço mais do que justo: R$ 45.
O cardápio prometia cheesecakes de framboesa, cajá e cacau (R$ 8), mas para nosso azar as três estavam “em falta”. Azar que passou despercebido quando soubemos que a parrilla que pedimos, assim como várias outras do cardápio, dá direito a voltar numa segunda ou terça dentro de 30 dias para comer o mesmo prato sem pagar nada.
Antes de ir embora, vale dar mais uma olhada na paisagem para sair com a certeza de que por algumas horas a metrópole ficou a pelo menos 5 km. Na distância e no espírito.

Sugestão do chef: Nas noites de sábado, bandas cover tocam em um palco instalado no salão principal. Dia 7 de julho tem Banda Liverpool, que há tempos toca músicas dos Beatles.

Celeiro da Granja: Av. São Camilo, 2829 – Granja Viana – São Paulo – SP – saída pelo Km 23 da Raposo Tavares – tel: (11) 4169-5370 – site: www.celeirodagranja.com.br

18 de jun. de 2007

Napolitana ou paulistana?

Que São Paulo é a cidade da pizza ninguém discorda, mas isso não significa que qualquer pizzaria da capital seja boa.
Dia desses bateu enorme vontade de comer uma redonda bem gostosa, daquelas que nos remete a terra da bota. Só que as noites paulistas andam bem mais geladas que o normal e por conta disso escolhemos uma pizzaria próxima do nosso trajeto, assim não correríamos o risco de congelar ao longo do caminho. E olha que isso não seria nada difícil.
Bom, a bola da vez, ou melhor, a pizza da vez foi a Zi Tereza di Napoli.
Tudo que sabíamos a seu respeito é que a fila de espera costumava ser grande e que a casa, inaugurada em 1945, adaptou seus recheios e massas para o paladar brasileiro, já que antes a borda era grossa e os recheios apenas tradicionais. As pizzas doces e com coberturas exóticas entraram no cardápio só há alguns anos.
O ambiente é agradável e extremamente familiar. As mesas grandes, com mais de oito ou dez lugares, predominavam no salão principal que é moderno e bem iluminado.

O espaço rústico e de luz baixa parecia ser destinado aos casais ou grupos menores.
Como a fome estava grande escolhemos três sabores: Dalla Zi, com molho de tomate, folhas de manjericão e fatias de tomate cobertas com filé de anchova (R$ 36 a média e R$ 41 a grande);

Illuminata, cujo recheio tinha molho de tomate, queijo brie coberto com fatias de abobrinha ao alho, óleo e orégano (R$ 36 e R$ 41) e Peru Defumado, que levava peito de peru, molho de tomate, catupiry e orégano (R$ 35 e R$ 40).


Talvez você tenha notado que “molho de tomate” é citado em todas as descrições acima. Não é por acaso, afinal, este é o diferencial do Zi Tereza. Lá o tomate não é cozido e sim picado delicadamente e temperado na hora. Tudo isso para conservar o aroma e ressaltar o sabor.
E de fato funciona. Ficamos muito surpresos com a qualidade da pizza. É uma delícia! Entrou para a lista das melhores pizzarias em que já estivemos, e olha que não esperávamos tanto do local.
Apfelstrudel (R4 9,50) e torta de brigadeiro (R$ 7,50) finalizaram nosso ótimo jantar.

Sugestão do chef: Se você gosta de programas bem família aproveite para levar as crianças. Nos fins de semana a pizzaria contrata um palhaço que faz arte com bexigas, transformando os balões em bichinhos, flores, corações e outras coisas mais que a sua imaginação mandar. A diversão da garotada será garantida.

Zi Tereza di Napoli: Avenida Vereador José Diniz, 3401 - Campo Belo
Tel: 5044-84366 e 5533-3319 site:
http://www.ziterezadinapoli.com.br/

15 de jun. de 2007

Gastronomoda árabe

Quem conhece a rua Oscar Freire sabe que ela é reduto da elite paulistana por concentrar inúmeras lojas de grife.
Passear pelo local aos sábados equivale a assistir um desfile do São Paulo Fashion Week.
Restaurantes, lanchonetes, cafés e docerias disputam a atenção em meio a esse cenário fashion. E na tentativa de encher nossas famintas barrigas sem precisar quebrar o cofrinho (ops, nada de duplo sentido pessoal!), nos deparamos com o Espaço Árabe, moderninho restaurante especializado em culinária libanesa.


O cardápio apresenta desde petiscos como esfiha fechada de carne (R$ 2,50) e porção de mini-esfiha (6 unidades por R$ 6,90) até os tradicionais Homus (R$ 12) e Babaghanuj (R$ 11). Pratos mais elaborados e consistentes também aparecem no menu. Destaque para o charutinho de folha de uva e o ragu de cordeiro com trigo inteiro, cebolinha e amêndoa. Além de ser a grande criação da casa, este último é o prato mais caro, em torno de R$ 30 por pessoa. No geral, os preços são bem atraentes e a comida gostosa.
Optamos por um almoço leve e comemos wrap (R$ 11,50), aquele enrolado de pão folha servido frio. O mediterrâneo tinha abobrinha, berinjela, tomate assado, queijo fresco, folhas verdes e amêndoas. A combinação ficou boa mas poderia ser menos seca.

Já o de frango estava no ponto certo. O recheio ainda levava creme cotage, hortelã, curry, cenoura, pepino e folhas verdes.

Como nem tudo é perfeito, o atendimento deixa a desejar. Achávamos que a bagunça e demora se justificava porque o lugar estava lotado. Mas da última vez em que estivemos lá havia pouca gente, e de novo, muita confusão.
E enquanto a comida não chegava aproveitei para observar melhor o interior do Espaço Árabe e, por conseqüência, o pessoal que ocupava – e disputava – as mesas do restaurante. Aí percebi ser a única “alienada” que não usava a blusa, a calça, o vestido, o sapato ou a bolsa da moda. Como não estava ali para desfilar e sim para almoçar, em momento algum me senti um peixe fora d´água, principalmente quando meus olhos foram atraídos pela vitrine repleta dos deliciosos docinhos árabes (R$ 2,50).
Na hora de pedir a conta, a falta de agilidade no atendimento prevaleceu outra vez.
Assim sendo, vai uma boa dica: escolha um dia tranqüilo onde você esteja paciente e bem-humorado, caso contrário, pode se estressar um pouco.


Sugestão do chef: Experimente o exótico Shake batido com sorvete de creme e um toque de águas de rosas (R$ 8,50).

Espaço árabe: Rua Oscar Freire, 168 – Jardins Tel: 3081-1824 e 3083-4977
Site:
http://www.espacoaraberestaurante.com.br/

13 de jun. de 2007

Doce descoberta

– Olha, Débora, se eu trabalhasse onde você trabalha não sei como faria para resistir aos quindins da Alice. São os melhores que já experimentei.
– Nooooooooooossa, eu sou louca por quindim! Mas quem é Alice?
– Sei lá, deve ser o nome da dona da “Alice Quindins”. Pera aí, você trabalha há poucas quadras da fábrica e não conhece a “Alice Quindins”?
– Não conheço. Mas com essa propaganda amanhã mesmo vou passar por lá e provar um. Onde fica?
– Na Cônego, quase ao lado da floricultura. A porta é muito pequena e talvez por esse motivo você nunca tenha visto a lojinha. Tem um toldo amarelo na entrada.


E foi assim, conversando com uma amiga, que eu tive a sorte de conhecer essa confeitaria, se é que posso defini-la dessa maneira. Na verdade é uma loja de fábrica – minúscula – sem qualquer decoração que lembre uma doceria. Fica instalada numa espécie de viela e a porta é tão escondida que se não fosse o toldo amarelo e o cheiro inconfundível de quindim, teria passado despercebido mais uma vez.
Ao entrar, devo confessar que achei o lugar um pouco estranho. Os doces são expostos dentro de embalagens fechadas de papel Kraft. Estas, por sua vez, ficam um pouco amontoadas sobre uma mesa, mas nada que comprometa a qualidade. Nesse mesmo espaço funciona o escritório da empresa e, ao lado, a cozinha, de onde é possível espiar a produção das delícias e notar a ótima higiene do local.
Bom, apesar da linda aparência do quindim, decidi comprar só um (R$ 2,00) para me certificar de que seu sabor não era semelhante ao de gemada, já que isso é comum quando ele não é cuidadosamente preparado.

Como não havia mesas nem cadeiras por lá, o jeito foi deixar para comer mais tarde.
Nesse momento eu tive certeza de que o manjado provérbio popular “as aparências enganam” está coberto de razão, pelo menos nesse caso. O quindim era simplesmente delicioso! Deu para sentir nitidamente a massa de coco e o creme de ovos que sempre se separam quando a qualidade do doce é superior. No dia seguinte, eu estava lá de novo comprando uma caixa com onze unidades dos mini-quindins (R$ 11,00).


Depois de um tempo descobri que eles revendem as guloseimas para supermercados, empórios, docerias e restaurantes. A lojinha é só algo improvisado, um “quebra-galho” para os aficionados por doces, como eu. Daí a justificativa para tamanha informalidade.
E para minha sorte já é quase hora de almoçar e como estou no escritório, não preciso nem dizer onde vou comer minha sobremesa de hoje, não é mesmo?

Sugestão do chef: Além do o carro-chefe também são produzidos camafeus, trufas, brigadeiros e beijinhos. Tudo tão bom quanto os quindins.

Alice Quindins: Rua Cônego Eugênio Leite, 1040 , Pinheiros
Tel: 3815-1069 e 3183-1213 –
http://www.alicequindins.com.br/

10 de jun. de 2007

Especialidade suiça com toque brasileiro

O frio pede pratos consistentes. E uma das melhores opções nesta época gelada do ano é a batata röstie, que por aqui ganhou novos recheios – a versão original leva cebola e bacon – e ficou conhecida como batata suíça.
Das duas casas dedicadas à especialidade que conhecemos em São Paulo, a melhor é a aconchegante Santa Clara Batataria.

Fica na Vila Mariana, pertinho da hoje agitada rua Joaquim Távora, e atrai principalmente os moradores da região.
Oferece 16 opções de recheio paras as batatas pequenas ou médias, com destaque para as deliciosas versões de filet mignon com cheddar (R$ 19,80 a pequena e R$ 21,70 a média) e camarão com requeijão (R$ 22,50 e R$ 25).
Quem opta pela batata pequena (que a foto atesta não ser tão diminuta assim), tem direito a escolher uma das criativas saladas para acompanhar.

A dica é pedir a mistura de folhas verdes, queijo brie e fatias de pêra, combinação perfeita, sobretudo com um molho de mel por cima.
E se num dia de calor a fome não estiver das maiores, vale sentar em uma das poucas mesas ao ar livre e ficar só na salada, que sai por R$ 16,90 quando pedida à parte. Isso se você conseguir resistir às batatas.

Sugestão do chef: Nas noites de quinta a domingo rola jazz e mpb instrumentais ao vivo. Para conferir a agenda das apresentações é só clicar no link abaixo: http://www.batataria.com.br/agenda.htm

Santa Clara Batataria: Rua Áurea, 361 – Vila Mariana – São Paulo – SP – tel.: (11) 5575-9504 – site: www.batataria.com.br

6 de jun. de 2007

Pra ir uma vez por mês

Misturar as cozinhas alemã e brasileira costuma dar muito certo. No Chopp do Miguel é isso que acontece há mais de 30 anos. Além de pratos inspirados nos dois países, é interessante notar que o espaço também mistura um pouco das duas culturas, talvez até sem querer. O salão lembra qualquer outro restaurante alemão: madeiras escuras, toalhas sobre as mesas e decoração com canecas expostas em todas as partes.

Já a parte aberta é um grande terraço, com clima de churrasco brasileiro de fim de semana.
Freqüentam a casa desde executivos interessados no happy hour até moradores do bairro que levam a família para almoçar no sábado ou domingo.
A comida é ótima, mas os preços... bom, os preços são realmente altos. Um exemplo extremo é o filet de haddock grelhado na manteiga com purê de batata e camarão, que não sai por menos de R$ 147. Opções mais triviais também não ficam em conta: filet à cubana por R$ 64,35 e parmigiana por R$ 57,20, ambos para dois.
A boa notícia é que todo mês o restaurante coloca um dos pratos em promoção. É só pedir e pagar a metade do preço. A oferta é válida do primeiro ao último dia do mês, no almoço ou no jantar. Vale a pena conferir.
No mês passado, o prato promocional era a truta com alcaparras, batata soutê e um ótimo molhinho à base de manteiga.

Deliciosa. E o preço? Bom, fora da promoção custa R$ 50, mas pagamos só R$ 25. Qual será o prato deste mês, hein?

Sugestão do chef: O apfelstrudel servido no Chopp do Miguel (R$ 7,70) é o melhor que provamos em restaurantes do gênero. A sugestão é pedir pro garçom flambar com licor cointreau. Além de ficar delicioso, rende uma boa foto.

Chopp do Miguel: Avenida Moema, 829 – Moema – São Paulo – tel.: (11) 5051-8732 – e mais um endereço

1 de jun. de 2007

Créditos à Bruge Cervejaria

Quem acompanha o blog sabe que gostamos e valorizamos as cervejas artesanais produzidas por microcervejarias. E quem leu o post sobre o Frangó, publicado há uns dois meses, sabe também que naquele dia experimentamos pela primeira vez a cerveja Bruge Ale, produzida em Águas de Lindóia. Na ocasião estranhamos a cor da cerveja e não gostamos do sabor.

Pois bem, o pessoal da Bruge entrou em contato com o blog para explicar que a cervejaria teve um problema com um malte enviado, o que ocasionou alteração na aparência e no sabor de um dos lotes produzidos – justamente o que provamos, e que já está fora do mercado. Gentilmente a cervejaria nos enviou uma nova garrafa, junto de um copo estilizado, sugerindo que provássemos a Bruge Ale em suas características originais.

Pela troca de e-mails, ficamos com a certeza de que a Bruge está atenta à qualidade de seus produtos e que gosta de ter um feedback de seus consumidores. Um ponto que chamou nossa atenção foi que a reavaliação foi sugerida com total consciência de que passaríamos novamente nossas fiéis impressões, sejam elas quais forem! Portanto, créditos à microcervejaria de Águas de Lindóia e vamos à avaliação da Bruge Ale como ela realmente é:
De cara percebemos diferença na cor, mais forte, puxando levemente para o dourado e com aspecto um pouco turvo (nem sombra da aparência de suco de caju). Notamos pouca espuma e um agradável aroma adocicado. O sabor é bem suave e adocicado, mas nada exagerado ou enjoativo. Quem só gosta de cervejas amargas pode até reclamar do levíssimo amargor, mas isso é característica de uma bebida elaborada com lúpulos aromáticos.

A Bruge utiliza o processo de refermentação na própria garrafa, sem injeção de CO2. A cerveja não é filtrada, fato pelo qual apresenta no final os sedimentos e leveduras que ficaram depositados no fundo da garrafa, dando um aspecto interessante à bebida. Pra resumir, a verdadeira Bruge Ale é uma bebida totalmente diferente daquela que provamos no Frangó. Foi aprovada e ganhou dois novos consumidores.
A cervejaria conta ainda com uma versão Stout e, pelo que ficamos sabendo, pretende lançar nos próximos meses uma Bitter Ale, sobre a qual postaremos assim que tivermos novidades.

Bruge Cervejaria: http://www.bruge.com.br

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