20 de jul. de 2007

Saudade de um bom arraial

Tudo bem que falta pouco pro mês de julho terminar mas só agora conseguimos escrever sobre festas juninas. Aliás, por conta da correria desse ano fomos apenas à quermesse da Igreja do Calvário, já que ficamos órfãos da ótima festa realizada pelo Sesc Pompéia cuja decoração e comidas típicas eram impecáveis.

Nos empolgamos com a quantidade de barracas e compramos R$ 35 em fichas. Além de quitutes tradicionais, tinha também a barraca italiana, japonesa, baiana e portuguesa.
Para começar, alguns espetinhos de carne que estavam bons. Na seqüência, um razoável vinho quente, fogazza murcha e pesada seguida de polentas fritas.

Com a fome menor, passamos novamente por todas as barracas e notamos que a aparência dos comes deixava muito a desejar. Talvez isso justifique as faixas com a frase: “não somos profissionais, fazemos por amor”, espalhadas por quase todas as barracas. Só que um pouquinho mais de amor na hora de cozinhar não seria mau. O problema é que muita coisa é industrializada, o que é compreensível em uma festa freqüentada por muita gente e com o objetivo de arrecadar fundos para a igreja. Porém, na nossa opinião, poderia haver mais cuidado na escolha dos fornecedores. E não apenas por se tratar de comida (em geral simples), mas porque o preço cobrado não foi simbólico e a festa, uma das quermesses mais divulgadas da cidade, é patrocinada por várias empresas.
Para ninguém dizer que só criticamos, vale ressaltar o salgado que salvou nossa noite: um delicioso tempurá.

Depois dele, a idéia seria provar os doces. Seria. Preferimos pular a sobremesa (coisa rara) porque opções como uma maçã do amor caramelizada apenas na lateral, uma bomba de chocolate esmagada e com recheio ressecado, e os churros encharcados de gordura recheados com um doce de leite quase branco não eram, exatamente, o que pretendíamos para o “grand finale”.
O jeito foi adoçar a boca com algodão doce e aproveitar para lembrar da infância, época em que aproveitávamos ao máximo qualquer festa junina porque todos esses “detalhes” passavam despercebidos. O que de fato importava era colocar a fantasia de caipira, ganhar muitas prendas na barraca da pescaria e terminar a noite dançando quadrilha.

Sugestão do chefe: para aproveitar a quermesse com tranqüilidade o ideal é chegar por volta das 17h, horário inicial da festa. Após às 20:30h o local fica absurdamente cheio pois às 21h começa o show de forró e vira uma espécie de “balada junina”. Mas agora só no ano que vem.

Igreja do Calvário: Rua Cardeal Arcoverde, 950 – Pinheiros – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3085-1307

7 comentários:

  1. poxa, que pena isso, hein? eu lembro das quermesses da minha infancia, com a melhor comida do mundo [pra mim!], aqueles pasteis enormes e sequinhos. minha ultima quermesse foi em 1991 na cidade de Tupi, ao lado de Piracicaba. eles tem [tinham] um Sao Joao famoso, e era maravilhoso, como a gente comia, era um festao. eu adorava festas juninas, mas pelo que andei ouvindo, elas andam se descaracterizando... beijo,

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  2. Este ano não fui em nenhuma festa junina! Não tive tempo, mas concordo que a qualidade delas caiu bastante. Algodão doce tem sabor de nuvem e de infância!
    abraço, Nina.

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  3. Fezoca, realmente festas juninas como as que você relatou não acontecem mais por aqui. Talvez só em uma ou outra cidadezinha do interior de SP e, ainda sim, um pouco descaracterizada.

    Nina,
    Essas festas viraram "shows juninos" e a parte da ótima gastronomia regional ficou de lado. Uma pena.

    Abraços,
    Débora e Fernando

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  4. E se come bem nessas festas hein?! Êêêê lê lê...
    Bjos

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  5. Na Bahia, as festas são muito boas e a comida também.

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  6. Obrigada pela visita no blog.
    Eu adoro festa junina, mas ainda não fui na do Calvário, embora goste da igreja e vá me casar lá dia 1/12, ainda não pude ir em uma festa de lá. Agora com essas dicas, já vou precavida.

    Ana

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  7. Delícia. Saudades de uma boa quermesse!

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