2 de ago. de 2009

Evento francês com (des)organização brasileira

No dia 12 do mês passado o Parque da Água Branca foi palco do Dia da França em São Paulo. O evento contou com atividades culturais, de lazer e, claro, com a presença da gastronomia, representada por cinco barracas de restaurantes e chefs franceses.
Com a ampla divulgação na mídia, não era para surpreender o grande número de visitantes.

Não era, mas, na prática, não foi bem assim: em algumas barracas as filas estavam imensas, itens do cardápio acabaram bem antes da hora e houve muita demora na reposição.
Depois de uns 30 minutos de espera no quiosque do Orbacco Espaço Gastronômico, não conseguimos provar o couscous marroquino. O jeito foi pedir sopa de cebola com vinho tinto (R$ 9).

Estava ótima, pena que o vinho era brasileiro. Nada contra a Miolo, mas não seria o caso de servir uma opção com vinho francês, mesmo que fosse preciso elevar um pouco o preço?
De lá fomos espiar o cardápio do chef Laurent Suaudeau, mas desanimamos ao ver que os preços não eram nada populares como anunciado na divulgação do evento. Pelo mesmo motivo, também não nos empolgamos com os quiches e o cassoullet do Le Founil, do Sofitel.
Partimos para a barraca do Crepe de Paris, aquele quiosque com franquias em alguns shoppings e cujos sócios inauguraram há pouco tempo um bistrô nos Jardins.

A fila era a enorme, mas, talvez pelo costume de trabalhar em eventos, a boa organização agilizou o serviço. O crepe Valence, com calabresa, catupiry e orégano (R$ 7) matou a fome da Débora. Eu escolhi o Rennes, versão com peito de peru, queijo, tomate e orégano (R$ 8). Ainda dividimos um crepe de chocolate com avelã (R$ 7). Todos simples e muito gostosos.

Conseguimos uma mesa e, enquanto comíamos, vimos cenas desoladoras protagonizadas por alguns visitantes. As pessoas espalhavam lixo por todos os lugares, com uma certa preferência pelo chão do parque. Alguns se divertiam pisando nos talheres de plástico. É bem verdade que a organização do evento e os administradores do parque poderiam ter disponibilizado mais latas de lixo, mas nada que chegue perto de justificar essas atitudes. E olha que, pelo perfil do público, ninguém pode alegar falta de informação ou baixa escolaridade.
Antes de sair, tivemos a sorte de passar no quiosque da La Brasserie, sem dúvida nenhuma o melhor momento da nossa visita.

Provamos um excelente mousse de chocolate (R$ 6) e ainda compramos uma bela caixa com quatro macarrons (R$ 10), simplesmente os melhores que já provamos.

Ao nosso lado, o chef Erick Jacquin ajudava na limpeza da área próxima à barraca e esbanjava simpatia.

Sugestão do chef: entre os dias 11 e 20 de setembro, o mesmo Parque da Água Branca recebe a 13ª edição do Revelando São Paulo, evento que apresenta as tradições do interior paulista, com amplo espaço para a culinária.

Parque da Água Branca: Av. Francisco Matarazzo, 455 – Água Branca – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3865-4130

4 comentários:

  1. Olá! Enviamos dois e-mails que ficaram sem respostas... Se for possível retorno, aguardamos. Obrigado.

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  2. Olá! O e-mail foi enviado novamente. Se for possível retornar com um telefone, acho que fica melhor conversamos. A intenção é gravar uma entrevista! Obrigado.

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  3. Olá, sou do GNT e estou gostaria de entrar em contato com vocês para uma matéria. Por favor, entrem em contato. Meu nome é Silvia e o telefone é 2638-7003.
    obrigada

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  4. Muito bacana o post. Legal ver como adaptaram os crepes com sabores salgados pra satisfazer a preferência brasileira, e triste saber do comportamento de participantes. parabéns mais uma vez pelo blog

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