Lendo tais críticas, ficamos com vontade de conhecer o local, mas, ao mesmo tempo, não estávamos certos se seria a melhor decisão. Principalmente porque a filial mais conhecida fica em Puerto Madero, região cheia de outros bares e restaurantes estilosos. E talvez fosse melhor chegar lá sem um local pré-definido.


Escolhemos fazer uma caminhada diurna por alguns trechos do porto, e, por fim, fomos matar nossa curiosidade.De fora já achamos as instalações do Siga la Vaca muito bonitas, assim como a dos demais estabelecimentos na região.


A primeira surpresa foi notar que, em plena quarta-feira, um restaurante daquele tamanho estava bem cheio durante o almoço. Entramos para ver o que atraía tanta gente e logo descobrimos: o preço.
A casa funciona no sistema all inclusive. De segunda a sexta-feira o almoço custa 45 pesos por pessoa, o equivalente a uns 23 reais. Aos finais de semana e feriados, bem como nos jantares, o preço por pessoa é de 69 pesos. Nesse valor estão inclusos buffet de saladas e pratos frios, carnes e seus acompanhamentos e uma sobremesa, além da bebida, que pode ser água, cerveja, refrigerante ou mesmo garrafa de vinho, mas sem direito a escolha do rótulo – uma carta de vinhos está à disposição de quem topar pagar à parte.Optamos pelo vinho tinto incluso na conta e nos foi servido o Pont L'évêque Malbec 2009, bem inferior, como já prevíamos: tinha gosto de álcool! Certamente uma cerveja teria caído muito melhor.
Vinagrete, chimichuri e batatas fritas foram colocados em nossa mesa enquanto nos servíamos no buffet de saladas, que não empolgou muito.


Diferentemente do rodízio da maior parte das churrascarias brasileiras, as carnes não são trazidas à mesa. As pessoas é que se dirigem até a parrilla e por lá se servem. Em caso de dúvida, os parrilleros explicam de que se trata cada corte – também em português, já que os brasileiros parecem ser os maiores frequentadores do local.
A variedade de carnes é boa. Provamos frango, bife de chorizo, vacio (fraldinha), chorizo (lingüiça), tapa de cuadril (picanha) e morcella. São servidos ainda cortes de carne de porco e diversos miúdos.

De sobremesa, a Mousse de Chocolate estava gostosa, mas o Vulcán de Chocolate com Helado – igual ao petit-gateau – trazia fortes indícios de ser industrializado.
O custo-benefício do local é incontestável, porém, em se tratando de Buenos Aires, as carnes deixam muito a desejar. Podemos compará-las com as servidas nas churrascarias intermediárias paulistanas, e que nem de longe se parecem com qualquer outra carne que provamos na capital argentina. E olha que não foram poucas!Sugestão do chef: além da unidade em Puerto Madero, o Siga La Vaca conta com mais 5 endereços na Argentina, dois deles são destinados a lanches e comida rápida.
Siga la Vaca: Alicia Moreau de Justo 1714, Puerto Madero – Buenos Aires – Argentina – Tel: (54 11) 4315-6801 / (54 11) 4315-6802











































