11 de mar. de 2007

O chopp é Brahma, mas o bar é bom

Numa noite quente em que fugimos das enormes filas de espera do clássico Frangó e dos bares especializados em espetinhos, acabamos conhecendo o Barthô, novidade em Perdizes.
Claro que não nos livramos totalmente da espera, mas pelo menos ela não excedeu 15 minutos. Sem falar que fica mais fácil não perder a paciência quando a casa oferece uma agradável pracinha com bancos e cadeiras confortáveis para quem aguarda uma mesa.

Confortável, aliás, é um adjetivo que podemos estender para todo o ambiente do Barthô: aberto e arejado, com mesas distribuídas sem aperto.
Seu nome oficial é Barthô Chopperia, o que suscitou uma dúvida: o que faz um bar se intitular chopperia? Digo isso porque quando leio “chopperia”, sempre espero ver no balcão chopeiras de marcas diferentes. Acontece que por lá os cervejeiros devem se contentar mesmo com o manjado chopp Brahma em suas duas versões. Tudo bem que a bebida não faz feio perto de outros chopps nacionais de produção industrial, mas as cervejas em garrafa fazem falta.

Quem considerar que isso é motivo suficiente para partir direto aos destilados, deve saber que não faltam versões diferentes de caipirinha. No entanto, é preciso certa moderação, já que algumas delas são tão exóticas como sem graça. Quer dois exemplos: carambola com uva verde e gengibre (R$ 13,50) e lima da pérsia com maçã verde (R$ 12). Na dúvida, prefira a já conhecida versão de frutas vermelhas, que combina muito bem com saquê.

Já quem prefere os não-alcoólicos pode se divertir com sucos naturais (R$ 3,30), com a vantagem de não precisar consultar o garçom para saber quais frutas estão disponíveis. Isso porque o cardápio traz esse detalhamento, o que garantiu elogios da Débora.
Assim como acontece com as caipirinhas, nos comes a criatividade também impera. Por R$ 25,60, a gororoba consiste em uma inusitada mistura de rosbife caseiro, vinagrete, aliche, queijo prato, azeitonas pretas, parmesão ralado e orégano. Já quem pedir o bobózinho será servido de oito bolinhos de mandioca recheados com camarão (R$ 18,90).
Se achar melhor não arriscar, a tradicional picanha no réchaud serve bem três pessoas (e olha que a idéia inicial era comer singelos espetinhos) e traz como acompanhamentos farofa, vinagrete e pãozinho, tudo muito bom pelo preço de R$ 34.

Outra dica é a porção mista de pastéis, que faz a festa dos moradores da região. Também, pudera, o tamanho de cada unidade é o dobro dos servidos em outros bares pelo mesmo preço médio (algo em torno de R$ 16).
O Barthô, ou a Barthô Chopperia conta ainda com uma charutaria no final do salão. Verdade que, por ser espelhada, passa aos outros freqüentadores a impressão de que os apreciadores do tabaco estão de castigo. Apenas um detalhe curioso de uma casa que parece ter vindo para ficar.

Sugestão do chef: Para o grand finale, peça sem culpa a torta mousse de chocolate com amêndoas, castanha de caju e sorvete de creme (R$ 9,80).


Barthô Choperia: R. Caiubi, 1.249 – Perdizes – São Paulo – SP – Tels.: (11) 3877-0489 e 3868-4419

3 comentários:

  1. Com vários bons motivos não há como resistir... vou lá conferir. Bjs

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  2. Lá é bem bacana, Patrícia. Principalmente nas noites de calor.

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  3. O Barthô não é mais tudo isso, está deixando a desejar e muito. Mau atendimento e servindo carne dura dizendo que é file mignon.

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