4 de mar. de 2007

Eu só quero chocolate!

Depois de alguns textos dedicados à bebida preferida do Fernando, chegou a vez de falar sobre a minha paixão gastronômica: o chocolate. Nosso relacionamento é tão intenso que ele foi tema do meu trabalho de conclusão de curso na faculdade, em que apresentei a proposta editorial e gráfica de um livro histórico-cultural sobre chocolate.

Sua origem é interessante. O povo asteca usava as sementes do cacau para produzir uma bebida fria e amarga cujo nome era Tchocolatl. Quando as terras astecas foram conquistadas pelos espanhóis, essa bebida se difundiu entre a família real hispânica, porém açúcar, especiarias e mel foram incorporados a ela para que seu sabor se tornasse adocicado. Tempos depois, os monges espanhóis a transformaram em barras. Aí surgia o chocolate, que aos poucos se espalhou pela Europa e América do Sul, tornando-se cada vez mais apreciado.
Pois bem, deixando um pouco a história de lado, é hora de escrever sobre meus chocolates favoritos. Mas afinal, quais são eles? Nem eu sei bem... Chocolate é algo tão indispensável e saboroso que qualquer bombom produzido pelas marcas líderes já satisfaz meu desejo de consumi-lo. Claro que existem muitas diferenças entre os chocolates industrializados e os artesanais ou entre os nacionais e os importados.
Levando esses fatores em conta, decidi falar sobre os últimos chocolates sensacionais que conheci. O primeiro deles é o Porta.

De origem alemã, é um chocolate ao leite recheado de framboesa (há outras opções de recheio). Depois da primeira mordida, ele lembra – vagamente – o Sensação, produzido aqui no Brasil pela Nestlé. Mas logo se percebe a enorme diferença. O alemão é cremoso e seu farto e consistente recheio realmente tem forte gosto natural de framboesa.
O próximo comentário é sobre as trufas belgas da marca Belgian.

Espetaculares, em nada lembram qualquer trufa industrializada brasileira. Digo isso porque elas são leves, cremosas e fresquíssimas, dando a impressão de que acabamos de tirá-las da panela. A última dica é um quase-chocolate, muito comum nos Estados Unidos, chamado Fudge.

Quase-chocolate porque na verdade ele é um doce que tem a aparência de uma barra de chocolate. Eu o conheci por meio da minha professora de inglês e hoje o Fudge se tornou o doce preferido do Fernando, perdendo apenas para a Torta Rogel, do Havanna Café. A receita é simples e faz muito sucesso.
Composto basicamente por chocolate amargo, leite condensado e nozes, o Fudge é uma ótima opção para presentear, servir aos amigos, agradar o namorado ou simplesmente comer um chocolate gostoso.
Ficou com vontade? Está salivando? Calma! A receita do Fudge está aí embaixo. Não é a original que aprendi com minha teacher porque fiz pequenas modificações, como, por exemplo, adicionar o damasco e o rum.

Ingredientes:

3 tabletes (170g) de chocolate meio-amargo
1 lata de leite condensado
1 xícara de chá de nozes picadas
½ xícara de chá de damascos picados
1 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de chá de rum
1 pitada de sal
Assadeira 30 cm x 19,5 cm
Papel alumínio

Preparo:

Descasque e pique as nozes no menor tamanho que conseguir (sem usar o processador) e reserve.
Pique os damascos de modo que eles ocupem apenas ½ xícara. Adicione rum (eu uso o branco) até cobrir todos os pedaços e deixe curtindo por oito horas. Eles vão inchar e encher a xícara. Reserve também.
Forre a assadeira com papel alumínio, não apenas o fundo, mas de modo que sobre papel suficiente nas laterais para cobrir toda a massa que será colocada na assadeira. Deixe-a próxima do recipiente que estiver usando para preparar o doce.
Derreta o chocolate em banho-maria usando um refratário grande. Certifique-se que não sobrou nenhum pedaço. O chocolate deve ficar líquido. Adicione a essência de baunilha, o rum e misture apenas o necessário para incorporá-los uniformemente ao chocolate derretido. Coloque a pitada de sal e faça o mesmo. Adicione as nozes, o damasco e misture.
Por fim, junte o leite condensado e mexa tudo muito rápido (porém com cuidado para que a mistura fique uniforme), pois nesse ponto o chocolate começa a endurecer e é preciso ser ágil para não passar do ponto.
Despeje a massa na assadeira forrada e cubra com o papel alumínio que sobrou nas laterais. Faça uma leve pressão com as mãos para tornar o doce uniforme. Deixe na geladeira por três ou quatro horas.
Na hora de servir, corte o doce em quadrados pequenos. Se for presentear, corte em barras médias e faça um belo arranjo com papel celofane colorido.

Sugestão do chefe: Para incrementar a receita, você pode substituir as nozes por castanha-do-pará ou pistache e o damasco por passas ao rum ou cerejas cristalizadas. Prefira usar um chocolate de boa qualidade e que não seja muito doce. Acredito que o Nestlé Classic é ótimo para garantir a qualidade.

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