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21 de jan. de 2011

Ótimos bombons na Cau Chocolates

É cada vez mais raro comprarmos chocolates produzidos em escala industrial no Brasil. O exagero no açúcar, a baixa quantidade de cacau e a vertiginosa queda na qualidade de marcas tradicionais como a Nestlé (o que fizeram com o Alpino?!) nos obrigam a procurar alternativas. Como os bons produtos custam muito mais, acabamos por diminuir o consumo, o que não é exatamente um problema.
Dia desses, andávamos pelo shopping Pátio Higienópolis e paramos para conhecer a bonita loja da Cau Chocolates. O menu degustação com seis bombons custa R$ 16 e inclui duas unidades da linha especial, composta por itens como marzipã e chocolates feitos com cacau de diferentes origens.

Saímos de lá com um exótico bombom de gianduia e cardamomo, outro recheado por um creme de framboesa na consistência certa, além de uma unidade de chocolate com fartura de doce de leite no recheio.
Do lado “especial” da vitrine, vieram marzipã coberto com fina camada de chocolate meio amargo e um bombom no formato de cacau com 66% de concentração do fruto oriundo de Madagascar.
Nosso pacote continha também um chocolate recheado de caipirinha e decorado com as cores verde e amarela. Achamos que viria com aquele gosto de álcool, presente em muitos bombons com recheios desse tipo, mas a boa surpresa foi identificar, realmente, o sabor do drinque brasileiro.
Quando o pratinho dos doces esvaziou, nos perguntamos como demoramos tanto para conhecer a Cau Chocolates. As produções da marca são extremamente saborosas e superam, de longe, muitos concorrentes mais badalados pela mídia.

Sugestão do chef: por apenas R$ 10 é possível levar pra casa o menu degustação com quatro variedades de chocolate. O preço unitário é um pouco mais baixo do que a opção com seis, mas é porque a versão menor dá direito a apenas um bombom da linha especial, cujo preço individual é R$ 4.

Cau Chocolates: Shopping Pátio Higienópolis, loja 322 – Piso Higienópolis – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3823-2972 e Rua Peixoto Gomide, 1.740 – Jardim Paulista – (11) 3081-9820

9 de jan. de 2011

Sorvetes 100% brasileiros

O verão em terras paulistanas ainda não engrenou. A semana passada foi marcada por fortes chuvas e dias nublados, mas quem mora nessa cidade sabe que, cedo ou tarde, as altas temperaturas irão aparecer.
Uma ótima opção para espantar o calor quando os dias quentes chegarem é a Frutos do Cerrado.

A sorveteria foi fundada há 15 anos no estado de Goiás. Recentemente chegou a São Paulo e já conta com seis lojas na capital e outras treze espalhadas pelo litoral e interior.
Muitos dos 56 sabores de picolés e dos 34 cremosos são feitos com frutas típicas dos seis biomas brasileiros: Cerrado, Amazônia, Mata Atlântica, Pampas, Caatinga e Pantanal. Melhor que isso é saber que todos eles são isentos de gordura trans.
Diante de tantas delícias exóticas, definir qual experimentar não é fácil. E para não nos limitarmos a um único sabor, abrimos mão dos picolés e dos potes individuais e ficamos com a opção de pagar de acordo com o peso consumido (R$ 29,90 o quilo).
Provamos sorvetes de açaí, mangaba, gengibre, tamarindo, cupuaçu e cajá. Eles não são tão cremosos, mas o sabor é muito bom, com o gosto das frutas sempre bem pronunciado.

Além de oferecer uma trégua no calor, a Frutos do Cerrado nos permite conhecer melhor os sabores e aromas de outras regiões do Brasil, algo não tão comum nas sorveterias aqui de São Paulo.

Sugestão do chef: a variedade de sorvetes é grande, principalmente dos picolés. Vale a pena carregar uma bolsa térmica e levar alguns pra casa.

Frutos do cerrado: Rua dos Pinheiros, 320 – Pinheiros – São Paulo – SP – Tel.: (11) 30361-0241. Mais cinco endereços na capital.

25 de nov. de 2010

Culinária tradicional do Paraná

Nosso último dia em Curitiba foi curto. A melhor opção para aproveitar ao máximo o tempo era caminhar pelos arredores do hotel. Resolvemos passear novamente no centro histórico e, como não era dia da feira de artesanato, conseguimos observar a beleza das construções e perceber como tudo está bem conservado por lá.

Andávamos pela região do Largo da Ordem quando vimos um restaurante que chamou a nossa atenção por servir comida típica paranaense. Ainda era cedo, mas esperamos um pouco e fomos os primeiros clientes.
O Restaurante Estrela da Terra fica em um lindo casarão de 1919 tombado pelo Patrimônio Histórico.

Durante a semana o local funciona como self-service por quilo, servindo poucas opções de pratos triviais. Também é possível pedir algo tradicional à la carte, em porções para duas pessoas. O destaque fica para o bufê servido aos finais de semana e feriados. O preço é de R$ 29,90 por pessoa e dá direito a salada, pratos quentes e sobremesas.

Nos esbaldamos provando risoto de cordeiro com pinhão, creme de moranga com carne seca e catupiry, carne ao molho de cerveja com pinhão, frango ensopado, purê de mandioca, quirera (angu de milho) e, claro, um excelente barreado, cheio de condimentos e com a carne desmanchando.

Depois de tantas delícias, ainda encaramos as sobremesas: sagu ao vinho, pudim de leite condensado, doce de maracujá, de leite, de mamão e de banana.

Ainda bem que depois do almoço conseguimos queimar algumas calorias ingeridas fazendo uma boa caminhada. Fomos até o Bosque do Papa, onde está instalado o Memorial da Imigração Polonesa, uma espécie de museu aberto que retrata o modo de vida dos primeiros imigrantes vindos da Polônia para Curitiba.

As casas construídas com troncos de pinheiro são encantadoras. Uma delas abriga uma loja que vende artesanato e produtos típicos. O bosque foi inaugurado depois que o papa João Paulo II visitou a cidade.

Foi nesse belo cenário que nos despedimos da arborizada Curitiba. No rápido vôo de volta, tivemos tempo apenas para começar a programar nossa próxima viagem.

Sugestão de chef: durante o mês de junho o restaurante Estrela da Terra promove o festival do pinhão. Boa oportunidade para experimentar pratos feitos com esse ingrediente regional fresquinho. Em outras épocas é utilizado pinhão congelado.

Restaurante Estrela da Terra:
Av. Jaime Reis, 176 (Largo da Ordem) – São Francisco – Curitiba – PR – Tel.: (41) 3222-5007 Bosque do Papa: Rua Mateus Leme - Centro Cívico – Curitiba – PR – Tel: (41) 3313-7194. Visitas: Bosque - diariamente, das 6h às 20h. Memorial – terça a domingo, das 9h às 18h30.

5 de out. de 2010

O barreado de Morretes

O dia começou bem cedo e antes das 8h já estávamos na Estação Ferroviária de Curitiba. De lá partiria o Trem da Serra do Mar com destino à cidade de Morretes. O percurso, apenas de ida, custa R$ 66 por pessoa na categoria turística (inclui lanche) e o passeio dura em torno de três horas.

A estrada de ferro de 110 km, construída em 1890, realmente impressiona. O trajeto inteiro é feito pelo meio da mata atlântica, com paisagem pra lá de agradável, repleta de verde, montanhas, algumas cachoeiras e ruínas.

Quando o trem passa por cima da ponte São João, é impossível não sentir frio na barriga, afinal, são 55 metros de altura e apenas um abismo embaixo.

Chegamos na pequena Morretes por volta da hora do almoço. As construções históricas, as palmeiras e o rio formam, sem dúvida, um belo cartão postal.

Mas a grande atração da cidade é o barreado, prato típico do litoral paranaense feito com carne cozida, como um picadinho, servida com arroz e farinha de mandioca. O segredo está no tempo de cozimento da carne, em média 20 horas. Originalmente seu preparo se dá em uma panela de barro vedada com uma massa feita pela mistura de farinha e água.

Há diversos restaurantes especializados em barreado por toda a cidade. Simpatizamos pelo Olimpo e decidimos entrar.

Pelo preço por pessoa de R$ 27,50, o almoço inclui mesa de saladas, salgadinhos, salada de maionese, arroz, camarão e peixe fritos, pirão, banana frita e, claro, o barreado.

Excelente custo X benefício para tanta fartura, principalmente pela ótima qualidade da comida. Não há dúvida de que acertamos na escolha do restaurante.
O calor estava escaldante e por isso não tivemos ânimo em passear muito pela feira de artesanato da rua principal. Sentamos embaixo de uma árvore na beira do rio e por lá ficamos até o sol dar uma trégua.
Queríamos muito uma sobremesa, mas como nos esbaldamos no almoço, certamente precisaríamos de mais tempo para nos recompor, afinal, nosso jantar já estava programado.

Sugestão do chef: além de caro, voltar para Curitiba de trem é bastante demorado. A opção mais rápida e econômica é fazer o trajeto de ônibus, a partir da rodoviária, para a qual é possível ir caminhando.

Restaurante Olimpo: Rua Antonio Gonçalves do Nascimento, 17 - Morretes - PR. Tel.: (41) 3462-3990.

13 de set. de 2010

SPRW – Casa da Fazenda

Nossa última participação na SPRW foi ótima.
Reservamos uma mesa na área externa da Casa da Fazenda, restaurante que funciona num belíssimo casarão construído em 1813 pelo Padre Antonio Feijó.

O imóvel ficou abandonado por muitos anos, até que na década de 60 foi restaurado pela ABACH - Academia Brasileira de Arte, Cultura e História, para ser sede da entidade, mantida até hoje.
A beleza do local impressiona, em especial pela imponência das árvores e pelo agradável jardim.
O suco de uva que pedimos veio servido numa jarra pequena (R$ 8,50) e foi feito a partir da fruta in natura. Como cortesia, pão e manteiga de ótima qualidade.

Logo partimos para as entradas do menu promocional. A Salada de camarõezinhos e abobrinha caipira com vinagrete de tucupi estava interessante, mas não superou o sabor marcante do Creme de palmito com pesto de castanha do Pará.

A decisão pelo prato principal foi a mesma para ambos: Peixe branco com arroz cremoso de pequi e azeite de cheiro-verde. Comida excelente e bastante caprichada.

Os pedaços de pequi combinaram muito bem com o tempero do peixe. E o sabor do azeite de cheiro-verde foi além do que imaginávamos. Tudo estava realmente delicioso.
E para combinar com o clima do local, ficamos com a Degustação de compotas da fazenda para encerrar o nosso almoço. Os doces de leite, banana, abóbora e côco foram muito bem executados.


Sugestão do chef:
a Casa da fazenda é um espaço muito agradável para ir com toda a família. Há uma área reservada para os pequenos, que conta com monitores e alguns brinquedos.

Casa da Fazenda: Av. Morumbi , 5594 – Morumbi – São Paulo – SP. Telefone: (11) 374-2810.

30 de mai. de 2010

A cozinha nordestina do Mocotó

A foto abaixo não mostra, evidentemente, os Jardins, Moema, Pinheiros ou a Vila Olímpia. No entanto, foi tirada da área interna de um dos restaurantes mais procurados de São Paulo.

O Mocotó foi fundado na década de 70. Era só um bar e atraía gente da região de olho, sobretudo, num caldinho de mocotó cuja fama se alastrava. Resumia-se a um balcão e mais uns 50 m2 costumeiramente tomados por clientes conhecidos do fundador, o “Seu Zé Almeida”.
Há alguns anos passou a ser comandado pelo filho do “Seu Zé”, que havia decidido estudar gastronomia. Hoje chef dos mais famosos, Rodrigo Oliveira reformulou as instalações e aprimorou o cardápio, sem perder o foco na culinária nordestina. Hoje, atrai gente dos mais diversos locais da cidade (e até de fora). Um público que não se importa em pegar o carro e dirigir até o bairro da Vila Medeiros, num canto da zona norte, algo que ganha ares de aventura aos paulistanos acostumados a circular por uma lista restrita de bairros.
E costuma sobrar tempo para observar esses frequentadores, principalmente na famosa fila de espera. No sábado em que estivemos por lá, aguardamos mesa para quatro pessoas por uma hora e quarenta minutos!

Sorte contarmos com a companhia do casal DCPV, com quem batemos um bom papo e fomos acertando os detalhes do já citado Inter Blogs.
Ainda lá fora, pedimos um mini-escondidinho de carne seca (R$ 5,90).

Bela apresentação e excelente sabor. Purê de mandioca com cremosidade na medida e boa combinação de requeijão e queijo coalho. Pra que se irritar com a espera, não é mesmo?
Já alocados, continuamos interessados nas entradas. Os torresminhos (R$ 7,90) vieram secos, crocantes e, claro, acabaram rápido.

Só não estavam melhores do que os curiosos dadinhos de tapioca (R$ 11,90). Excelente sabor, ainda mais acompanhados do molhinho sweet chilli.

Com tudo muito bom, fomos nos empolgando e acabamos exagerando um pouco na quantidades de pratos principais. Pedimos quatro opções! Ainda bem que estão disponíveis em tamanhos mini, pequeno, médio ou grande, e o atencioso garçom tratou de corrigir a maior parte dos nossos exageros.
O Baião de Dois foi a escolha mais óbvia, mas valeu a pena (R$ 7,90 o pequeno).

Feijão, arroz, queijo coalho, lingüiça, bacon e carne seca formaram uma combinação elogiada por todos à mesa.
A Favada é descrita no cardápio como um opção composta de fava amarela cozida lentamente com lingüiça, bacon e carne-seca (R$ 11,90 o tamanho médio). O resultado é um prato consistente e muito saboroso.

Pedimos também um Atolado de Vaca, traduzido por carne de panela cozida com mandioca, tomatinho, cebolinha e azeitona verde.

Chega em uma bonita panelinha e custa R$ 15,90 (preço único). A Débora e eu, no entanto, não nos empolgamos com o sabor. Nossa impressão foi de provarmos uma carne de panela básica, algo em total contraste com os demais pratos provados até então.
Em compensação, voltamos a nos surpreender positivamente com a Peixadinha (R$ 24,90).

Fora do cardápio regular, era uma das opções do dia. Com molho à base de leite de coco, estava excelente e foi eleita por este casal de escribas o melhor dos principais provados naquela tarde – e olha que a concorrência era forte!
Na hora da sobremesa, o sorvete caseiro de rapadura com calda de catuaba (R$ 6,90) praticamente monopolizou as atenções.

Gostamos tanto que levamos pra casa um pote de dois litros. Custou caro (R$ 35), mas os bons preços das demais opções do cardápio dão uma compensada.
Apesar do sucesso do gelado de rapadura, não me arrependi de ter pedido mousse de chocolate com cachaça. A combinação é das melhores, ressaltada pela boa qualidade do chocolate utilizado.

Experimentamos também um pedaço do Pudim de Tapioca (R$ 6,90) pedido pelo Edu. Boa alternativa para a próxima visita.

Pretendemos voltar logo pois percebemos que o Mocotó faz jus à fama de ser um ótimo lugar para provar pratos clássicos da cozinha nordestina ou criações do chef famoso que está sempre por lá. Tudo isso, claro, sem nenhuma pressa.

Sugestão do chef: o Mocotó atrai ainda quem gosta de cachaças artesanais. Na carta, aparecem rótulos provenientes das regiões Nordeste, Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Mocotó: Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100 – Vila Medeiros – São Paulo – SP – tel.: (11) 2951-3056

9 de mar. de 2010

SPRW – Emprestado

A Vila Madalena foi o bairro escolhido para nosso segundo almoço nesta São Paulo Restaurant Week. Chegamos curiosos para conhecer a proposta do Emprestado Restaurante, de reproduzir em São Paulo pratos conhecidos de sete estabelecimentos situados em diferentes locais do Brasil.

Começamos pela Salada Canarinha, com folhas verdes, mandioquinha crocante e pedaços de pequi. Básica, mas com um toque especial graças ao fruto do Cerrado.

Bem saboroso estava o carpaccio de carne de sol com raspas de queijo coalho, chamado por lá de Cacareco.

Enquanto a Débora se refrescava com o suco Verde Delícia, uma mistura de água de coco, maçã, limão e raspas de gengibre (R$8,90) que não deveria ser tão aguada, aproveitei a desculpa do calor para provar uma caipirinha de uva verde com hortelã feita com cachaça especial. Boa, mas cara: R$ 15,20.

Entre os pratos principais, a Débora fez a ressalva de que o seu Mairoto poderia ter uma pitada a menos de sal (ou de shoyu). Mas nada que chegasse a reprovar o risoto com abóbora, castanha de caju e shimeji puxado no limão e no shoyu.

A inspiração do meu pedido veio de Paraty – cidade que adoramos –, mais especificamente do restaurante Banana da Terra. Acompanhado de arroz com amêndoas, o Peixe com Banana coberto com tiras de alho-poró estava delicioso e foi o ponto alto da nossa refeição.

Encerramos com um criativo mas apenas correto mousse de quentão e com um delicioso pudim de leite.

Fomos bem atendidos do começo ao fim e saímos com a certeza de que até agora acertamos nas escolhas da SPRW. Esperamos dizer o mesmo dos restaurantes em que iremos no próximo final de semana.

Sugestão do chef: No dia 16/03 a SPRW já terá acabado, mas a partir dessa data o Emprestado estenderá a promocão a outros pratos do cardápio, sempre com menu completo pelo mesmo preço cobrado durante o evento (R$ 27,50 no almoço e R$ 39 no jantar).

Emprestado Restaurante: Rua Mourato Coelho, 992 – Vila Madalena – São Paulo – SP – Tel.: (11) 3034-0214 – Fecha às segundas.
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